Em entrevista à Rádio Cidade nesta segunda-feira (26), o presidente da Associação dos Praças de Santa Catarina (Aprasc), Elisandro Lotin de Souza, informou que, em audiência com o novo comandante da Polícia Militar do estado, coronel Valdemir Cabral, um dos assuntos tratados durante foi sobre o número de militares que solicitarão, em breve, aposentadoria neste ano de 2014. A preocupação é eminente não apenas da Aprasc, mas também do próprio comando, pois a dificuldade maior será administrar a falta de efetivo, especialmente no final de ano.

De acordo com Elisandro Lotin de Souza, em números aproximados, serão mais de dois mil militares que se aposentam neste ano, sendo outros mil da Polícia Civil, em torno de 800 da Polícia Militar e 250 bombeiros militares. O presidente da Aprasc afirmou, ainda, que mesmo com a realização de concurso, o número de contratados não suprirá a demanda em SC.

Lotin também disse que a Associação, nas duas últimas semanas, tem tratado com o comando da Polícia Militar sobre a jornada de trabalho da categoria. Após o governo anunciar que, a partir do mês de agosto deste ano, estará excluindo em definitivo o pagamento da hora extra aos servidores da segurança pública, o fator desmotivação reaparece entre a categoria. Para Lotin, o governo de Santa Catarina necessitaria encontrar um mecanismo para que os profissionais se sintam motivados a continuar com o trabalho, da mesma forma em relação aos policiais que irão solicitar suas aposentadorias.

Lotin entende que o governo deveria reaproveitar estes profissionais em outras áreas dentro da sua corporação militar para amenizar o número de baixas que ocorrerá próximo ao final de ano.