Promover diálogos interculturais e intergeracionais, por meio de atividades que incentivem à leitura, as relações sociais e, principalmente, a solidariedade entre os participantes, é o principal objetivo do Biblioteca Ambulante — projeto social desenvolvido por acadêmicos da UNIFEBE.

Realizado desde 2013 na Instituição, o Biblioteca Ambulante utiliza-se de atividades culturais e de sociabilização com pessoas que estejam hospitalizadas, em instituições de acolhimento, entidades de longa permanência para idosos ou em instituições de recuperação aos dependentes químicos.

Dentre as atividades culturais oferecidas — realizadas pelos acadêmicos, sob a coordenação de um professor coordenador — destacam-se canções ao som de violão, contação de histórias, leituras, brincadeiras e dinâmicas interativas.

Para 2018, a ação passou por uma repaginação e está com uma versão mais alegre e divertida: com fantasias, balões, cata-ventos, livros infantis e pinturas.

A assistente social do Serviço de Orientação e Atendimento ao Estudante (SOAE), Morgana Santos, enfatiza que o projeto também almeja contribuir para a melhoria da qualidade de vida, tanto dos pacientes e usuários dos serviços assistenciais quanto da comunidade acadêmica da UNIFEBE.

— O projeto Biblioteca Ambulante busca a transformação social frente aos desafios das diferentes realidades familiares, societárias e de conjuntura. Por onde passa leva alegria, dedicação e o querer bem ao próximo — salienta Morgana.

Fazer o bem

O professor Emiliano Souza, do curso de Pedagogia, é responsável pelo Biblioteca Ambulante. Ele salienta que se sente privilegiado por participar de um projeto tão nobre.

— Sinto que os acadêmicos deixam-se envolver pela proposta do projeto e por isso somos muito agraciados pelas visitas e pelos encontros. Os estudantes são cheios de vida, têm brilho no olhar, conversam, ouvem, cantam, fazem brincadeiras e dançam. As pessoas que são visitadas sentem essa energia, que se dá pelo olhar, por um sorriso ou pelo aperto de mão. São atitudes que externam o lado bom do ser humano. Há uma grande alegria em fazer o bem. Sinto que estamos trilhando um bom caminho que poderá trazer benefícios imensos às pessoas que mais necessitam de atenção e carinho — ressalta Souza.

Para a acadêmica de Psicologia, Simara Torresani, 24, que integra o projeto, o Biblioteca Ambulante contribui para a formação do cidadão. Neste semestre, ela cantou, participou de brincadeiras de roda e fez esculturas de balões.

— Fomos ao encontro de grupos muito diversificados e é importante se deparar com essas realidades, pois proporciona conscientização sobre a realidade, além de ampliar a visão sobre a sociedade e muito provavelmente influenciar para que gestos parecidos sejam repetidos no futuro. Após cada sábado nos quais realizamos o projeto, terminei o dia com uma sensação de objetivo concluído, sentindo que aqueles que nos receberam de fato apreciaram o que construímos em conjunto com eles — enfatiza Simara.

Visão educativa

Os acadêmicos beneficiados com a Bolsa de Estudo do Art.170 da Constituição do Estado de Santa Catarina devem, obrigatoriamente, participar de projetos sociais e de extensão, com visão educativa. É necessário que sejam realizadas 20 horas semestrais de atividades, como prevê a legislação vigente. Os alunos escolhem projetos sociais ofertados pela UNIFEBE ou de entidades parceiras como o SESC, Corpo de Bombeiros e o Observatório Social, para cumprimento da carga horária obrigatória.