Mais uma sessão, outro veto derrubado

Em mais uma sessão as discussões na Câmara Municipal de Brusque se concentraram em um veto do prefeito Paulo Eccel a projeto aprovado pelo Legislativo. A proposta, desta vez, trata da regulamentação de da oferta de serviços de couvert artísticos em Brusque (saiba ao final o que é couvert artístico).
A discussão se deu por conta de que Eccel vetou parcialmente a proposta. Mais especificamente o que tratava da responsabilidade de fiscalização da lei. No projeto de lei aprovado, de autoria de Jean Pirola (PP), ficava claro que este papel estava incumbido ao Procon. E foi a retirada deste item, com o veto, que gerou todo o embate.
A bancada de situação alegava que a decisão do prefeito foi tomada por conta de que a Câmara estava interferindo em uma atribuição do Executivo, que é de definir a que órgão cabe realizar determinadas ações. No caso de fiscalizar, do Procon. Ainda segundo os governistas, ao especificar no projeto que o órgão de defesa do consumidor é quem deveria realizar a fiscalização, o Legislativo estava criando uma situação que iria gerar custos aos cofres do município, o que é inconstitucional a Câmara não pode criar leis que gerem custos.
A exemplo do primeiro projeto onde houve esse tipo de debate, que era de autoria do vereador Ivan Martins, duas sessões atrás, que houve o veto do prefeito e fizemos o debate, votamos a favor do mérito e, levado ao conhecimento da Procuradoria do município, houve um entendimento diferente do da procuradora da Casa, disse o líder do PT, Felipe Beloto, ao responder colocações da oposição de que os governistas tinham aprovado o projeto original e agora discutiam para manter o veto.
Por outro lado, a oposição, mais o chamado grupo independente, insistiu que o que estava havendo era revanchismo do prefeito, que vetara mais uma proposta aprovada e de autoria de vereadores de um dos grupos. Principalmente por conta de que outro artigo do projeto especifica que a fiscalização deve ser baseada no Código de Defesa do Consumidor, incumbência do Procon.
Pode ser então o Ibplan, pois onde tem casa de show é casa fechada e é uma construção. Talvez a Guarda de Trânsito, porque para chegar numa casa de show tem que pegar o trânsito, ironizou Jean Pirola, questionando a quantidade de vetos que tem ido à Câmara nos últimos tempos.
Alessandro Simas (PR) também questionou o veto ao dizer que não está se criando cargos ou algo parecido. Dejair Machado (PSD) usou exemplo de outras propostas para reforçar o argumento de revanchismo político. Temos aqui uma lei que proibiu a caução em hospitais e não foi vetada. Na minha opinião, está se querendo desviar o foco de outras situações em cima de vetos que são impertinentes, frisou.
Tem que fazer parte do orçamento, do número de pessoas que tem (para fiscalizar). É esse entendimento que temos defendido, disse em aparte o petista Valmir Ludvig.
Depois de longa discussão, o projeto, o único a ser votado na ordem do dia, teve o veto do prefeito derrubado por nove votos contra seis.
Clique aqui e saiba o que é o projeto
OUÇA A MATÉRIA