Quais os caminhos para uma Brusque mais segura?

A que pé anda a segurança pública de Brusque? Como resolver os atuais problemas que existem na cidade, tratando-se da criminalidade? São perguntas que merecem respostas. Foi para tentar atender a esses questionamentos que foi realizada na noite desta quinta-feira (18), uma audiência pública na câmara de vereadores, reunindo autoridades de vários órgãos, além, é claro, dos próprios edis.

“O objetivo principal é a gente pensar na resolução dos problemas que estamos enfrentando em nosso município”, diz a vereadora Marli Leandro (PT), que foi a requerente do encontro, proposto na última sessão da câmara, ocorrida nesta terça-feira (16). Segundo ela, a proposta foi de que todas as forças de segurança pública presentes demonstrassem através de dados, o panorama atual de suas instituições.

O tenente coronel Heriberto Rocha Peres, comandante do 18º Batalhão de Polícia Militar, no uso da palavra, além de ressaltar os problemas derivados pelo baixo efetivo, observou que os valores sociais e familiares são, em grande parte, responsáveis pela formação de caráter de cada indivíduo. “Eu penso que devemos observar com muito carinho esta situação. Uma família com mais carinho resulta em menos crimes”, completa. Quem também reclamou do baixo efetivo foi o delegado regional de Polícia Civil, Francisco Ari Plantes dos Anjos e o tenente Hugo Manfrim Dalossi, comandante do Corpo de Bombeiros em Brusque.

É comum observar pessoas que são ou foram usuárias de drogas dizerem que o principal motivo de isso ter acontecido é por conta da desestruturação familiar. Isso quando o uso não avança para o tráfico de entorpecentes. Para a promotora Suzana Perin Carnaúba, representante do Ministério Público na reunião, esse último é a razão de todos os males.

Evandro Gevaerd, do Observatório Social de Brusque, sugeriu que fosse feito na cidade um curso de soldados. Dessa maneira, muitos fincariam residência em Brusque. Destacou também os principais motivos estatísticos para o avanço da criminalidade:

• Crescimento desordenado
• Falta de sistema de monitoramento urbano
• Pouco efetivo das forças de segurança
• Características Geográficas
• Condições econômicas da cidade
• Sensação de segurança de “cidade pequena”

Poder Judiciário, Guarda de Trânsito, secretaria de Trânsito e Mobilidade, Núcleo Regional do Instituto Geral de Perícias, foram as entidades que também marcaram presença no ato. Eles deliberaram, entre outros assuntos, o atual trabalho que vem sendo desempenhado por cada uma.

Pronunciaram-se, da mesma forma, alguns vereadores inscritos. Assuntos como os fundos destinados a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros foram exaltados. A educação, por sua vez, foi colocada, novamente, como o principal item a se melhorar. Defensoria Pública ineficiente em Brusque e as ações como o Proerd também foram deliberadas.

Para encerrar os trabalhos, todos, em consenso, indicaram suas principais reivindicações a serem expostas em um documento oficial, que será emitido aos órgãos responsáveis por atendê-las. O objetivo é que não fique apenas nas deliberações. E, sim, na prática. Tudo em busca de uma Brusque segura.