Moradora de Brusque fala sobre amizade com pai suspeito

O caso de crueldade sem precedentes do menino Bernardo (11), morto no município de Frederico Westphalen (RS) através de uma injeção letal, cada vez mais choca o país e já vem ganhando dimensões internacionais. E a tragédia ganha mais um capítulo, totalmente ligado ao município de Brusque. Ocorre que uma amiga de Leandro Boldrini, pai de Bernardo e um dos principais suspeitos junto da madrasta do pequeno, Graciele Ugulini e da assistente social Edelvânia Wirganovicz, amiga do casal , mora em Brusque e conversou com a reportagem da emissora televisiva TV Brusque e, também, com a Rádio Cidade.
A mulher, que não será identificada por motivos de segurança, relatou que nutria uma antiga amizade com o médico e que não esperava tal atitude (se completamente comprovada a participação no crime) por parte de Leandro. Ele foi uma pessoa extremamente bondosa comigo no momento em que meu pai esteve hospitalizado. Para você ter uma noção, ele não teve coragem de dizer que meu pai havia falecido e saiu chorando, relatou a entrevistada, que lembrou sua relação de amizade com Boldrini, desde os seus 14 anos de idade.
A anônima lembrou, também, o episódio do suicídio da ex-esposa de Leandro. De acordo com ela, após uma discussão entre os dois a mãe biológica de Bernardo teria entrado em seu consultório com uma arma de fogo em punhos, a fim de matar seu marido. Sem coragem de praticar o homicídio, acabou atirando em sua própria cabeça. Os dois apenas estavam no consultório, ela trancou a porta e já que não deu o tiro nele, se matou, completa a conhecida de Boldrini.
Vale ressaltar que este caso ocorrido em Três Passos, município onde a família Boldrini residia, distante 80 km de Frederico Westphalen, causou um grande furor na comunidade. Antes com uma conduta impecável perante a sociedade, o viúvo despertou a estranheza na população, haja vista que logo após o suicídio da então esposa, assumiu Graciele Ugulini como sua nova mulher. Desde então, suspeitas e denúncias de maus tratos contra o garoto começaram a aparecer.
Por fim a moradora brusquense falou a reportagem que um dos principais motivos possíveis para que o crime bárbaro tenha acontecido, seja a herança ao qual o menino Bernardo tinha direito, proveniente de sua mãe. Se algo acontecesse, por direito, tudo iria para seu pai. Eu não imaginava que ele tinha esse monstro dentro dele. Quem faz o que ele fez não é um ser humano. Ainda mais com o filho dele. Eu o adorava, finalizou.
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