Vaticano ultíma preparativos da canonização

Hoje, dia 23, na Sala Marconi da Rádio Vaticano, o brusquense, Dom Murilo Krieger, arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, falou a imprensa brasileira sobre assuntos pertinentes à missa de ação de graças pela canonização de São José de Anchieta que será presidida pelo papa Francisco, amanhã (24).
Segundo Dom Murilo, pelo fato de Anchieta ter aprendido a língua dos indígenas, ele entrou na cultura deles e não forçou a evangelização. Suas ações eram convincentes, era uma pessoa enraizada em Cristo. Como Jesus fazia, apresentava a verdade, e dizia... Que se quiserem vim após mim, venha e me siga. Para nós, é um reconhecimento de um incentivo, que se dá a uma pessoa que se pode chamar de evangelizador. Passados mais de 400 anos, a gente tem que reconhecer ele soube entrar na linguagem do outro, aquilo que o documento de Aparecida nos propõe hoje, entrar na vida, nos costumes, na cultura do outro, para a partir deste momento apresentar a boa nova".
Será criada uma Paróquia em homenagem a José de Anchieta logo após a paróquia João Paulo II, no próximo dia 27. Tão logo João Paulo seja beatificado, será assinado imediatamente por Dom Murilo um decreto com a criação da Paróquia João Paulo II, a qual será a primeira do Brasil e do mundo em homenagem ao papa. Na hora que for declarado Santo, no começo da missa, imediatamente será assinado o decreto. A paróquia será em Alagados, na igreja onde João Paulo II esteve em 1980. Ele abençoou a igreja e hoje é uma região muito pobre, mais na época era uma palafita.
Segundo Dom Murilo o papa João Paulo II, tinha um carinho particular pelo Brasil eu percebia isso nas audiência quando um grupo de brasileiros se manifestava, principalmente cantando a musica João de Deus. Ele se transfigurava, trazia alegria, cantava junto e batia o pé acompanhando o ritmo. Nas visitas que ele fez, soube entrar na cultura brasileira e entender e deixou duas paixões; a primeira paixão pelos jovens, entendeu que o futuro da igreja depende de nos conquistarmos os jovens, nessas visitas que o papa fez, sempre dedicando uma atenção particular para os jovens. Outra paixão foi a família. Quando esteve no Rio de Janeiro em 1997, por ocasião do Congresso Internacional do Encontro Mundial das Famílias. Ali ele mostrou a importância que a família tem na sociedade e dizia, que se destruirmos a família, é a sociedade que destruiremos.
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Michel Patitucci/Especial Rádio Cidade direto do Vaticano