O assunto dos crucifixos nas escolas voltou a ser discutido novamente na Câmara Municipal de Brusque. Mais uma vez, o vereador Moacir Giraldi (PT do B) abordou o assunto e mirou criticas fortes na secretária da Educação, Gleusa Fischer.

Moacir apresentou o que seria um documento que comprovaria, na sua visão, que foi feito pedido para que se retire crucifixos e artefatos semelhantes, com menção religiosa, das escolas na rede municipal de ensino. O suposto documento teria sido encaminhado por uma coordenadora pedagógica da secretaria de Educação às unidades de ensino.

Rebatido pela secretária de Educação na imprensa na última semana, ele chamou Gleusa de incompetente. “É uma incompetente a secretaria Gleusa Fischer”, esbravejou na tribuna.

A vereadora Marli Leandro (PT) disse que Moacir se equivocado ao afirmar, dias antes, que a determinação para retirada dos itens por parte do prefeito Paulo Eccel. Frisou que já faz anos que não há mais nenhum símbolo nas unidades. “Nas escolas faz mais de dez anos que não há. O senhor colocou que há uma determinação e o senhor apresentou um documento. Onde esta a orientação da retirada? Isso aqui é uma pauta, para discutir como vai se lidar com isso nas escolas. Aqui não tem nenhuma orientação. O senhor foi inconseqüente”, disse, acusando Giraldi de espalhar o que seria uma informação inverídica.

Dejair Machado (PSD) questionou sobre quem deu a referida orientação às escolas e questionou a necessidade de se debater o assunto, já que, conforme dissera Marli Leandro, não há mais crucifixos e itens alusivos a religiões há anos. “Se já não existe há dez anos, então porque pautar isso? Está ali, é uma orientação dada pela coordenadora pedagógica. Se foi orientação, partiu de alguém”, frisou.

Alessandro Simas (PR) disse que acha um absurdo, pois se está se vivenciado cada vez mais as ditas minorias que travestem de minoria para buscar espaço. “Para fazer que as pessoas que têm suas religiões e conceitos acabem sendo ruins as ruins. Se não tinha crucifixo há muito tempo, tem que colocar. Se não tem, é o momento correto de colocar. Respeitando todas as religiões, mas o nosso país é país católico”, disse ele em aparte.

Ivan Martins (PSD) defendeu Girladi. “Quem fala a verdade e mostra e é taxado de inconseqüente. Isso mostra que o senhor falou a pura verdade. Nem que for para discutir, mas está lá registrado”, frisou ele.

Giraldi entrou em bate boca com Marli Leandro, ao acusar ela de ser contra uma decisão do Grupia no ano passado durante assembléia do órgão e depois dizer o contrário.

Felipe Beloto (PT) disse que esse tema é uma armadilha para quem vai se posicionar na tribuna. “O que apareceu de político defendendo religião é uma epidemia no país. Acho que tem que se tomar muito cuidado ao se tratar desse tema”, disse ele.