A família de Régis Arruda está passando por uma situação delicada e dramática. A casa em que residiam, no bairro Jardim Maluche, foi arrastada pela força da água e desabou após o desbarrancamento da margem do Rio Itajaí Mirim na última semana. O motivo, uma obra de contenção realizada pelo Samae e que fez com que a água avançasse sobre a margem da via, atingindo com o tempo o imóvel.
Na última sexta-feira (17), com a enchente, a vazão forte da água arrancou parte da casa, que fica situada na Rua Bartolomeu Pruner, próximo à Francisco Sassi. A residência foi construída a mais de 50 metros da margem do rio, mas, com o avanço da água após a obra de contenção, ela foi atingida diretamente.
Nesta quarta-feira (22), Régis conversou com a equipe da Rádio Cidade no local. Ele disse que, desde que a casa foi atingida, teve que deixar o local e está residindo na casa de parentes. D aquele dia para cá, vem realizando idas e vindas na Prefeitura para buscar uma solução ao problema.
A situação foi causa quando o Samae, para aumentar a capacidade de captação de água, construiu uma espécie de barragem na região. Com isso, o curso do Itajaí Mirim acabou sendo alterado e a água avançou sobre a margem, na direção de onde ficava a casa de Régis. Para piorar, conforme o morador, a obra de avanço da beira rio para aquela área da cidade acelerou o desbarrancamento.
“Dessa forma, foi desbarrancando e atingindo a casa, dessa forma como caiu e perdemos nossa casa”, desabafou ele.
O morador afirmou que a Prefeitura vem pedindo uma série de documentos para comprovar que perdeu o imóvel e conceder o benefício do aluguel temporário, valor custeado pela Secretaria de Desenvolvimento Social a quem perdeu moradia.
“Não é fácil sair da casa própria para pagar aluguel. A gente precisa dessa assistência. Temos que aguardar porque pediram uma série de documentos para comprovar que necessitamos. Tem as imagens que falam por si”, pontua ela.
A família dele morava na casa há 38 anos.



