Trabalhar para recuperar pessoas com dependência química e de outras drogas. Essa é a ação desenvolvida por voluntários do TMMAP, Casa Missionária Missões Urbanas. Situada na Avenida Primeiro de Maio, bairro Centro II, a casa abriga pessoas que se encontram nesta situação e querem ajuda para sair dela.
Em entrevista ao programa Rádio Revista Cidade, da Rádio Cidade FM, desta quarta-feira (3), a pastora Lucia Quirino detalhou como a ação é realizada. Iniciada em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, ainda nos anos 1990, ela trouxe o trabalho para Brusque. Hoje, com apoio de outros voluntário, a pastora lidera os voluntários que se revezam para acolher quem procura o local.
O trabalho consiste, em grande parte, no aconselhamento e outros auxílio de ordem material, como alimentos, para que a pessoa possa enxergar um novo rumo na vida. Entre estes estão pessoas em situação de rua viciadas em drogas.
“A situação da rua leva ao vício. E o vício leva para a rua. Não tem como separar. Para ficar na rua, muitas vezes que se drogar, usar álcool para poder suportar estar na rua”, disse ela, que já viveu esse tipo de vida, afirmou Lucia.
O filho dela, Guilherme Mendonça, vice-presidente do Conselho Municipal Antidrogas (Comad), conta que muitas pessoas que estão na rua não querem estar ali. “Por alguma circunstância da vida levaram ele a estra na rua. Mas não é a vontade de um cidadão de bem estar na rua. O sonho da ame e do pai é que ele vire doutor, policial, advogado, medico. É esse o sonho de cada mãe e cada pai”, pontuou ele.
Voluntário do TMMAP, Arthur Otto Niebuhr ajuda há cerca de um ano. Segundo ele, o trabalho feito pelo grupo tem contribuído para que muitas pessoas possam deixar o vício das drogas e levar uma vida diferente. “Nós, muitas vezes, vivemos em uma Brusque imaginária. Uma Brusque em eu não tem morador de rua, não tem drogado, não tem problema social. Isso é uma mentira”, destacou ele.
A pastora Lucia conta que o trabalho do TMMAP iniciou com meninos de rua no ano de 1996. “Antigamente, havia muito em menino de rua. Acolhíamos meninos de rua, íamos no juiz e pegávamos a guarda deles. Tínhamos 40 meninos e passávamos a cuidar deles”, relata, afirmando que, ainda hoje, alguns que passaram pela ação se tornaram adultos e a procuram.