Na noite de sábado (20), a Rua Firmino Taveira Cruz, no bairro São Judas Tadeu, em Balneário Camboriú, foi palco de um episódio chocante envolvendo um feminicídio e uma tentativa de homicídio que abalaram profundamente a comunidade local. A Polícia Militar foi chamada e, ao chegar no local, se deparou com uma cena horripilante.
Ao abrir a porta da residência, a guarnição se deparou imediatamente com uma quantidade significativa de sangue espalhado pelo chão. Durante a busca na residência, os policiais encontraram uma porta fechada. Do outro lado, estava o responsável pelos crimes, um homem de 50 anos, que, movido por ciúmes, havia atacado sua companheira de 46 anos com uma faca, causando ferimentos fatais no peito.
Após várias tentativas de comunicação, o agressor, escondido em um dos cômodos, finalmente atendeu às ordens dos policiais para se render, utilizando um escudo balístico para garantir a segurança da operação. Após ser detido, uma busca minuciosa resultou na descoberta da faca usada no crime, ainda manchada de sangue, escondida em uma mochila.
A tensão aumentava do lado de fora da residência, onde um grupo de pessoas enfurecidas com o crime ameaçava linchar o autor. A rápida intervenção policial assegurou que o homem fosse levado sob custódia para a Delegacia de Polícia Civil, garantindo sua integridade física diante da situação volátil.
Enquanto isso, a tragédia familiar ganhava contornos ainda mais dramáticos. O filho da vítima, de apenas 10 anos, também ferido ao tentar proteger sua mãe, foi levado às pressas para o Pronto Atendimento da Barra. Lá, foi confirmado o óbito da mãe e a gravidade dos ferimentos da criança, que precisou ser transferida para o hospital Ruth Cardoso em uma ambulância de atendimento avançado.
O autor dos crimes, em depoimento, confessou ter cometido o ato após encontrar mensagens no celular da companheira. Ele relatou ter agido por impulso e justificou ter ferido a criança porque ela tentou intervir.
A cena do crime foi isolada e preservada até a chegada da Polícia Civil e da Polícia Científica, que iniciaram os procedimentos de investigação. Três testemunhas foram ouvidas no local.
Após a coleta de evidências, o autor foi conduzido ao Instituto Geral de Perícias para exame de corpo de delito, seguindo então para a Delegacia da Polícia Civil para as medidas legais cabíveis.