Delegado dá detalhes da morte da menina em Indaial

Na tarde desta quinta-feira (7), o delegado Filipe Martins, responsável pela investigação do caso da menina de 3 anos que foi morta pela mãe e pelo padrasto na última segunda-feira (4), concedeu uma entrevista para a imprensa da região para passar detalhes de como o crime teria ocorrido.

Segundo o delegado, o crime foi notificado à Polícia Civil somente na manhã desta quarta-feira (6) como sequestro. Imediatamente, os policiais foram para o local. No entanto, lá foi verificado que foi criado um cenário para que o fato parecesse ser um sequestro.

"A Polícia Civil conseguiu comprovar que a família criou um cenário para que o fato parecesse ser um sequestro. Criou uma cena de que um carro, um veículo estranho cinza teria estado no local. Mas, a Polícia Civil, já no primeiro momento da tarde, consegue localizar esse veículo, consegue identificar que é um motorista de aplicativo e que, consequentemente, esse motorista esteve ali a pedido do padrasto da criança por uma chamada. O fato é que ninguém entrou nesse veículo. Esse veículo fica ali cinco a seis minutos e depois retorna, cancela a corrida e volta sem pegar ninguém", explicou o delegado.

Martins explicou que cerca de 12 pessoas foram ouvidas, e que, no começo, o casal tinha mantido a história que tinham contado à imprensa. No entanto, mais tarde, eles confessaram o crime.

"Cerca de 12 pessoas foram ouvidas. Inicialmente, foi mantida uma narrativa bem próxima daquela inicial que eles contaram para a imprensa, de que a mãe da criança estaria lavando roupas, a criança na sala e que a criança, em determinado momento, teria desaparecido surpreendentemente dentro da casa. Quando a gente, na sede da delegacia, por horas, ouvindo, interrogando, a gente consegue verificar e desconstruir toda essa narrativa. Quando eles percebem, quando a gente mostra para eles que a polícia tem todos os elementos que comprovam que as informações que eles estão passando não são verdadeiras, eles resolvem confessar o crime", explicou o delegado.

O delegado explicou que o primeiro a confessar o crime foi o padrasto.

"No primeiro momento, o padrasto da criança foi quem confessou primeiro, e ele narra para a polícia que fez isso porque ele queria corrigir a criança. Ele narra que os dois agrediram a criança e que, em determinado momento, a criança teria ficado sozinha com a genitora, com a mãe, no quarto, que teria continuado a brigar com a criança, agredir a criança, e ele depois volta para o quarto e constata que a criança estava sem vida. A partir daquele momento, eles se veem em desespero, a criança morreu, e eles precisam tomar uma decisão, o que fazer? E aí, eles tomam a decisão de se livrar do corpo."

Na sequência, o delegado explicou que os dois, em comum acordo, decidiram colocar a criança em uma mala e cavar uma cova em uma região de mata.

"Os dois, em comum acordo, pensando nas consequências criminais que poderiam advir para os dois, eles decidem pegar a criança, colocar em uma mala de viagem e, a pé, levar essa criança para uma região de mata, cavar uma cova ali. Segundo a narrativa deles, eles cavaram uma cova. O padrasto cavou a cova com as mãos e enterrou a criança."

O delegado explicou que logo em seguida foi ouvida a mãe da criança, e ela também confessou o crime.

"A mãe da criança foi ouvida depois, interrogada no segundo momento, e ela confirmou o crime. Ela confirmou que realmente a criança morreu. Ela tenta criar uma narrativa de que o pai da criança é quem teria agredido e que ela teria sido constrangida ou coagida a contar essa narrativa, mas essa narrativa dela também não converge com os outros elementos. Até porque os familiares também foram ouvidos, foram ouvidas cerca de 12 pessoas ontem, e a narrativa dos familiares é de que ela era uma pessoa bastante violenta com a filha, o que converge com a narrativa do padrasto."

Martins explicou que o corpo da criança foi encontrado após o padrasto apontar onde estava enterrado.

"Então, o padrasto resolve apontar onde o corpo está. No primeiro momento, a gente tenta ir até o local sozinhos e não consegue encontrar. Ele passa de novo novas diretrizes, a gente vai e não consegue encontrar, uma região de mata escurecendo. E aí ele se prontifica e fala: 'Não, delegado, eu vou lá, eu vou lá com vocês e mostro onde está.' Já anoitecendo, a gente chega, ele mostra ali bem mata fechada, já lá para dentro da mata, e a gente consegue encontrar o local onde a criança estava enterrada em um cobertor azul. E aí, com base nesses elementos, foi acionada a polícia científica, que se fez presente no local e de extrema importância também nesse momento, se fez presente no local, fez o exame também de local de crime tanto na região de mata ali quanto também fez o exame de local de crime na região ali da casa, da residência do casal, onde o crime foi cometido inicialmente e depois o corpo transferido para essa região de mata, onde eles tentaram ocultar o cadáver", completou o delegado.

Video: Portal Alexandre José 

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