A greve de professores da rede estadual de ensino de Santa Catarina vem ganhando corpo. A afirmação é da coordenadoria do movimento na região de Brusque, que, na manhã desta segunda-feira (29), realizou encontro nas dependências do Instituto Federal Catarinense (IFC) para discutir o andamento da mesma.
O coordenador regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte), Agenor Leal, afirma que não era esperado que uma greve tão intensa fosse acontecer. Ele diz que é estimado que mais de 130 professores estejam com as atividades paralisadas somente em Brusque.
Em nível estadual, o especulado é que haja próximo de 40% de professores em greve. Porém, trata-se de informação ainda não confirmada pela organização.
Agenor afirma que as paralisações estão “incomodando o governador Jorginho Mello”, já que o mesmo gravou um vídeo ameaçando educadores efetivos e os professores temporários de substituição, além de desconto de salário. ‘’Se o governo teve a ousadia de ameaçar professores, é porque a greve, de alguma forma, está muito forte no estado’’, destacou ele.
O coordenador também disse que, em 2023, foram tentados três meses de negociação e, neste ano, mais dois. No entanto, até o momento, o governo não deu nenhuma resposta.
O sindicalista comenta que não quer que nenhum aluno ou professor saia prejudicado e que o Sinte, assim como os educadores, estão esperando por um retorno do governo do estado para que o sindicato seja recebido para negociar com uma proposta concreta.
Na terça-feira (30), um grupo de mais de 60 professores irá até Florianópolis para protestar, se juntando a grupos de outras regiões de Santa Catarina.