Brusque, Guabiruba e Botuverá estão entre 1.492 municípios brasileiros com risco de serem alvos de tragédias climáticas. Elas fazem parte de levantamento realizado pela Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento, órgão ligado à Casa Civil do governo federal. Mortes, pessoas desalojadas, inundações e outros registros feitos num período de 20 anos foram usados como parâmetro para o estudo.
A compilação de informações foi divulgada esta semana e chega no momento em que o estado do Rio Grande do Sul vive uma das maiores tragédias climáticas de sua história. No estudo, os gaúchos possuem 31 cidades que se enquadram, na relação e riscos.
Conforme o levantamento, nas1.492 cidades no Brasil que se enquadram na estatística vivem cerca de 148 milhões de pessoas. Isso equivale a mais de 70% da população de todo o país.
Para chegar a esse dado, o estudo considerou fatos ocorridos entre os anos de 1991 a 2022. Entre estes verificou-se a ocorrência de mortes, mais de dez registros de desastres naturais, 900 ou mais pessoas desalojadas/desabrigadas, 500 pessoas ou mais mapeadas por viverem em áreas de risco, ser região de risco de inundação e ter havido mais de 400 dias de chuva ou 50 mm, o que daria dez dias seguidos de temporais.
De acordo com o estudo, Santa Catarina possui 77 municípios que se enquadram nos itens elencados. O estado possui 295 cidades. A maioria está situada na região dos vales. Nestes municípios, enxurradas, inundações e deslizamentos de terra integram a relação de riscos.
Minas Gerais é onde há o maior número de cidades com esta condição, com 99, seguida de São Paulo, com 89, e Rio de Janeiro, com 65. Acre e Rondônia sãos com menor número de municípios no levantamento, sendo dois em cada estado.