A Polícia Científica de Santa Catarina (PCISC), em colaboração com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), realizou um estudo preliminares sobre os perigos associados aos Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs), também conhecidos como cigarros eletrônicos, vapes ou pods. Apesar da proibição desses dispositivos no Brasil pela Resolução RDC nº 855/2024 da ANVISA, que impede sua fabricação e comercialização, o uso tem aumentado, especialmente entre os jovens.
O estudo, apresentado no Congresso Brasileiro de Toxicologia, focou na análise química de amostras apreendidas em Joinville. Utilizando técnicas como Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria de Massas (GC-MS), foram examinadas amostras de três marcas distintas de DEFs.
Os resultados iniciais mostraram a presença de octodrina, uma substância estimulante do sistema nervoso central não declarada nas embalagens dos produtos. Também conhecida como dimetilhexilamina (DMHA), a octodrina possui propriedades semelhantes às anfetaminas e apresenta riscos significativos à saúde, incluindo efeitos adversos cardiovasculares e potencial para dependência.
A detecção de octodrina em todas as amostras analisadas levanta preocupações quanto à falta de transparência na composição dos DEFs disponíveis no mercado clandestino. Esses achados alertam para o risco ainda maior do consumo desse tipo de dispositivo.
Fonte: PCISC