Na manhã desta terça-feira (10), moradores do bairro Santa Terezinha enviaram um vídeo denunciando uma possível poluição no rio Itajaí-Mirim. Nas imagens, é possível ver uma espuma branca na água saindo de uma tubulação nas proximidades da elevatória que traz resíduos para a estação de tratamento da empresa Rio Vivo. Segundo os moradores, um forte mau cheiro acompanha a espuma.
Na tarde de hoje, a reportagem da Rádio Cidade entrou em contato com Fundação Municipal Meio Ambiente (Fundema), para questionar se o órgão tinha conhecimento do caso e se já havia tomado alguma providência. Em resposta, Cristiano Olinger, Superintendente da Fundema, informou que até o momento nenhuma reclamação formal havia chegado à pasta. No entanto, ele destacou que um fiscal foi enviado à região para verificar a situação.
Olinger mencionou que já houve denúncias anteriores contra a empresa Rio Vivo que já foi autuada em ocasiões passadas quando estava fora dos parâmetros estabelecidos. Ele também explicou que, embora a Fundema realize a fiscalização, a liberação das atividades da empresa é responsabilidade do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA). Mesmo assim, a empresa fornece todos os dados solicitados pela Fundema.
Por fim, Cristiano Olinger pediu à população que continue denunciando casos de poluição, para que a Fundema possa manter sua fiscalização e autuar as empresas quando necessário.
O que diz a Rio Vivo:
Em contato com a empresa Rio Vivo, um representante informou que o efluente lançado no rio Itajaí-Mirim não contém produtos tóxicos e, portanto, não está poluindo o rio. A espuma observada ocorre devido ao nível baixo do rio. Quando o efluente já tratado que sai do cano da empresa mistura-se com a água do rio, acaba gerando a espuma. Segundo o representante, para quem não está familiarizado com o fenômeno, a espuma pode parecer poluição, mas isso não ocorre. Com o nível mais alto do rio, a espuma seria menor ou não visível.
O representante também afirmou que a empresa realiza análises mensais da água do rio na região e mantém contato constante com a Fundema e o IMA, este último responsável pela fiscalização e liberação das licenças.