O Transtorno do Espectro Autista (TEA) vem sendo cada vez mais pautado pela população, algo que não era comum de ser visto antigamente. A 92.3 FM entrevistou, na manhã desta quarta-feira (11), a psicóloga Rafaela Furtado da Associação de Pais, Profissionais e Amigos dos Autistas de Brusque e Região (Ama), a respeito do tema e do evento que acontecerá em breve em Brusque, a Jornada de Atualização em Transtorno do Espectro Autista.
Em conversa, a psicóloga disse que, antigamente, o transtorno era visto como doença, mas que não há pontos que mostrem especificamente de onde vem o espectro. “Se a gente não sabe o que que tem, então não é uma doença, não tem o que curar aquilo que não sabemos de onde vem,” falou. Porém, Rafaela também contou que existem pesquisas e estudos científicos que indicam o fator genético como uma das causas do TEA.
Conforme o tempo progrediu, o transtorno foi enquadrado a um espectro, cujo é mais amplo que apenas um transtorno. “Dentro do espectro nós temos os níveis 1, 2 e 3 de suporte,” pontuou.
Para Rafaela, a sociedade, anteriormente, buscava incessantemente uma cura para o autismo, mas que, hoje em dia, nós estamos procurando uma fora de lidar com tal. A psicóloga falou que o tratamento existe, e que há formas de entregar qualidade de vida à pessoa, e isso independentemente da idade, seja criança ou adulto. “Nós conseguimos, dentro da terapia, trazer um autista nível 3 para o nível 1 de suporte,” revelou.
Sinais
Segundo Furtado, o TEA mostra sinais desde a infância. Os especialistas acompanham a criança e esperam dela um certo desenvolvimento a depender da idade. Caso ela apresente atraso neuropsicológico para a determinada faixa etária, a suspeita do quadro pode ser apresentada aos pais para que fiquem cientes da situação.
11ª jornada de atualização em TEA da AMA Brusque
Este será o primeiro evento gratuito que a associação realizará após conseguir verba do Fundo para Infância e Adolescência (FIA). A AMA está buscando apoio por meio de materiais lúdicos, que são usados no tratamento das crianças, como lápis de cor, bolhas de sabão e canetinhas. “Tudo o que a criança gosta pode ser entregue a gente. Será bem utilizado,” disse Rafaela.
O evento contará com palestrantes que falarão sobre atendimento humanizado, sobre a realização de atividades que são consideradas difíceis para aqueles que possuem o espectro, como tirar sangue, exemplificou Rafaela. Haverá também uma roda de conversa com professores e autistas, que contarão suas experiências às pessoas no bate-papo. O tema de autismo em adultos também será pautado na reunião. A 11ª jornada de atualização em TEA da AMA Brusque acontecerá neste sábado, dia 14, iniciando às 08h no auditório da Uniasselvi.
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