Nos últimos dias, em Brusque, tem-se percebido a sobrecarga nos servidores municipais e a falta de contratação de novos eletivos. A situação está se agravando, o que prejudica diretamente a educação das crianças e adolescentes do município.
Para debater o assunto, a 92.3 FM entrevistou, na manhã desta sexta-feira (13), Tânia Mara Vieira Pompermayer, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Brusque, Guabiruba e Botuverá (Sinseb).
Em um primeiro momento, Tânia afirmou que o sindicato está sempre defendendo os direitos e a qualidade do trabalho dos servidores públicos. Todavia, há um contratempo nas escolas.
Segundo a presidente, existem servidores que participaram das eleições à diretoria das escolas, mas que alguns não estavam preparados para o cargo e, consequentemente, criavam intrigas com os colegas de trabalho. Para Mara, isso é abuso de poder, que desencadeia situações conflituosas no ambiente de trabalho e, para combater o afronte, a presidente disse há solução para ser tomada, caso seja necessário.
“Esses diretores são avaliados anualmente pela comunidade escolar e, se o caso for necessário, haverá um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e dependendo do resultado dele, o servidor pode ser exonerado do cargo de diretor,” revelou.
Outra questão comentada foi a da ausência de monitores qualificados para prestarem apoio às crianças com Transtorno de Espectro Autista (TEA) e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Professores estão tendo que lidar com a carga duplicada, ensinando os alunos que não possuem os transtornos assim como aqueles que sofrem com tais.
Por fim, Vieira ressaltou que o município não pode abrir concurso público durante o período eleitoral. “A cidade não pode chamar o número de vagas que está além do que é previsto no edital durante o período eleitoral e não pode abrir processo seletivo para novas contratações.”
Para a presidente, a solução deve ser feita pelos gestores da escola, para que organizem os docentes de forma que não haja lacunas e que ninguém, especialmente os estudantes, saiam prejudicados. “É isso que está faltando na maior parte dos gestores, é saber fazer o trabalho dentro da unidade escolar. É se organizar em uma necessidade,” finalizou.