Com a chegada da primavera, as temperaturas mais amenas e o aumento das chuvas favorecem a proliferação do Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue. Autoridades de saúde alertam que este é um período crítico para a prevenção da doença, especialmente em regiões onde a presença do mosquito é maior. A recomendação da Secretaria de Estado da Saúde é eliminar os locais com água parada, ambiente propício para a reprodução do mosquito. Pratos de plantas, pneus, garrafas e calhas entupidas são alguns dos locais mais comuns que podem acumular água e servir de criadouros. Além disso, é importante tampar bem os reservatórios de água, como caixas d’água e tonéis.
“A gente se aproxima do momento em que a condição climática, ou seja, a gente começa a ter temperaturas mais elevadas, chuvas mais intensas e isso favorece muito a reprodução do mosquito Aedes Aegypti. Então, isso pode trazer um aumento no número de casos e o que a gente começa a ver aqui no estado, ainda de forma preliminar, um aumento ainda pequeno comparado ao início do ano, mas mostrando que o vírus pode estar circulando de forma mais intensa aqui no estado. Então é o momento de intensificar as ações como a secretaria de Estado da Saúde tem feito, mas também de cada um fazer a sua parte”, destacou o diretor da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), João Augusto Brancher Fuck.
Um número maior de casos, como ocorreu nos meses de março a maio no estado, gera uma demanda muito grande nos serviços de saúde, sobrecarregando toda a rede, desde as unidades básicas até as unidades hospitalares. É importante lembrar que em alguns casos, a dengue pode evoluir para formas graves, que exigem inclusive a necessidade de internação para monitoramento do caso. Por isso, neste momento, a prevenção é mais importante do que nunca, visando diminuir a transmissão da doença.
“Sabemos que a transmissão da dengue ocorre de forma explosiva, em decorrência da alta infestação do mosquito. Assim, ocorre uma grande demanda ao serviço de saúde, pois temos muitos casos em um curto espaço de tempo. Assim, as ações para eliminação de locais com água parada, realizadas por cada um, podem impactar diretamente no risco de um aumento de casos no estado novamente. Mas é claro, tendo em vista que casos da doença foram registrados durante todo o ano no Estado, as pessoas devem ficar atentas aos sintomas, como febre, dores pelo corpo, dores atrás dos olhos, manchas vermelhas pelo corpo, e buscar imediatamente um serviço de saúde na presença deles, ingerindo muita água” acrescentou o diretor da Dive.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) está intensificando as ações de combate à doença, incluindo campanhas de conscientização e ações em conjunto com os municípios, como a eliminação de focos e a distribuição de inseticidas. A população é orientada a colaborar com medidas simples de prevenção, como evitar o acúmulo de água em recipientes e limpar áreas onde o mosquito possa se proliferar, como piscinas, lagos e pratos de plantas.