As eleições municipais de 2024 em Brusque, resultaram em uma reconfiguração significativa do cenário político local. Seis partidos, incluindo algumas legendas tradicionais, não conseguiram eleger representantes para a Câmara de Vereadores, refletindo os desafios enfrentados por essas agremiações na disputa eleitoral.
O Partido Social Democrático (PSD) foi o que chegou mais perto de garantir uma cadeira. Com 4.096 votos no total, o partido atingiu o quociente para média, mas nenhum de seus candidatos alcançou individualmente o mínimo necessário. Ivan Martins o vereador mais votado do partido, obteve 853 votos, ficando a apenas 74 votos de atingir o mínimo necessário para a reeleição.
Duas legendas tradicionais, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e a Democracia Cristã (DC), tiveram desempenho aquém do necessário para garantir representação. O MDB somou 3.132 votos, com Ricardo José de Souza sendo o mais votado (734 votos). Já a DC alcançou 2.828 votos, tendo Neia da Assistência Social como sua candidata mais bem votada, com 624 votos.
O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) viveu um paradoxo nestas eleições. Seu candidato mais votado, Rodrigo Voltolini, obteve expressivos 1.052 votos, superando o mínimo necessário individualmente. No entanto, o partido como um todo não atingiu o quociente para média, somando apenas 2.750 votos, insuficientes para garantir uma cadeira.
O Partido Democrático Trabalhista (PDT) e a Rede Sustentabilidade (REDE) enfrentaram dificuldades mais acentuadas. O PDT totalizou 1.423 votos, tendo Joel do Sintrafite como seu candidato mais votado, com 530 votos. A REDE, por sua vez, obteve apenas 222 votos no total, com Edu Mecânico sendo o mais votado do partido, com 158 votos.
Os vereadores que não conseguiram a reeleição:
1. Rodrigo Voltolini (PSDB): Apesar de ter obtido uma votação expressiva de 1.052 votos, Voltolini foi a maior surpresa entre os não reeleitos. O fraco desempenho de seu partido, que ficou 1.887 votos abaixo do quociente partidário, custou-lhe a vaga.
2. Marlina (PT): Com 1.119 votos, Marlina foi a segunda mais votada entre os não eleitos. Embora tenha alcançado uma votação significativa, o PT ficou 286 votos aquém do necessário para conquistar uma segunda cadeira.
3. Ivan Martins (PSD): Obteve 853 votos, ficando a apenas 74 votos de atingir o mínimo necessário para a reeleição.
4. Natal Lira (PRD): Conquistou 806 votos. Votos nominais faltantes: 121.
5. Beto Piconha (PODE): Com 765 votos, Piconha ficou 183 votos abaixo do necessário para assegurar sua reeleição.
6. Deivis Junior (UNIÃO): Obteve 718 votos. Votos nominais faltantes, 209 e quociente partidário necessário 515 votos a mais para alcançar a segunda vaga.