Em 2024, Santa Catarina enfrenta um aumento significativo nos casos de coqueluche. Nos primeiros dez meses do ano, foram registrados 106 casos da doença, um contraste marcante em relação aos dois casos do ano anterior e seis em 2022. Esse crescimento foi observado em todas as regiões do estado, mas foi especialmente acentuado na Foz do Rio Itajaí, no Médio Vale do Itajaí e na Grande Florianópolis, que lideraram as estatísticas de casos entre 1º de janeiro e 22 de outubro de 2024, segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC).
Outras regiões, como Laguna, o Nordeste e o Planalto Norte, também registraram entre seis e sete casos cada neste ano, enquanto no ano passado não houve registros nessas áreas. O Extremo Oeste foi a única região que não teve nenhum caso de coqueluche em 2024.
Ao longo dos últimos seis anos, a Grande Florianópolis acumulou o maior número de casos, com um pico em 2019 e sem registros apenas em 2021. O Nordeste também teve um histórico de casos, com registros nos anos de 2019, 2021 e 2022. Algumas áreas do estado experimentaram a doença pela primeira vez em seis anos ou reverteram a ausência de casos após cinco anos.
Mortes
Além do aumento dos casos, a Santa Catarina voltou a registrar óbitos por coqueluche em 2024, algo que não acontecia desde 2014. O primeiro caso de morte foi de um bebê de dois meses em Itajaí, que faleceu em 20 de agosto apresentando sintomas respiratórios. A mãe não tinha registro de vacinação DTP-A durante a gestação. O segundo óbito foi de outro bebê de dois meses, que morreu em 27 de agosto em Joinville, também sem registro de vacinação materna. Ambos os bebês eram prematuros e ainda não haviam recebido nenhuma dose da vacina contra coqueluche, e não apresentavam outras condições de saúde conhecidas.