Na tarde desta quarta-feira (13), a Polícia Civil de Brusque trouxe mais informações sobre a Operação Castelo de Areia, que teve como objetivo reprimir uma organização criminosa atuante em Santa Catarina, focada principalmente no tráfico de drogas.
Segundo o delegado Fernando Farias, responsável pela Divisão de Investigação Criminal de Brusque (DIC), na operação de hoje foram cumpridas 64 medidas cautelares definidas pelo Poder Judiciário, com ordens expedidas pelo Juiz de Garantias de Itajaí. As ações foram realizadas nas cidades de Brusque e Castanhal (no Pará), onde um dos líderes da facção que atuava em Brusque foi preso nesta manhã, e também realizado em Tijucas.
O delegado também explicou que a operação contou com o apoio de aproximadamente 120 policiais de toda a região para dar suporte às ações em Brusque. “Foram concluídos os mandados de prisão temporária, inicialmente, e de busca e apreensão. Foram presas 16 pessoas em Brusque e uma pessoa foi presa em Castanhal, no Pará”, informou.
Os integrantes da organização presos hoje moram em vários bairros de Brusque, como Steffen, Poço Fundo, Águas Claras e Dom Joaquim. Durante a operação na casa de um dos envolvidos, foram apreendidos um quilo de maconha e uma arma de fogo, calibre 12. “Essas pessoas exerciam cargos dentro da organização criminosa. Tinha a pessoa responsável pela cobrança. A pessoa que faz a cobrança das pessoas que estão em dívida com a facção. Também foi presa. Também líderes de bairro. Além do líder geral, líderes de bairro também foram identificados e presos na operação de hoje”, destacou o delegado.
Ele relatou que as investigações começaram em agosto de 2023, quando foi identificada uma célula de uma organização criminosa que estava atuando em Brusque, que visava principalmente ao tráfico de drogas na região. De acordo com ele, as informações foram sendo reunidas no final do ano passado e começo deste ano. “É organização criminosa e também tráfico de drogas. Sabemos que eles têm participação em homicídios que já aconteceram aqui na cidade. Como é uma organização criminosa, eles praticam diversos crimes, ou para fomentar ou para manter o tráfico de drogas. Então, são pessoas que têm o histórico policial bem grande. Algumas dessas pessoas já estão inseridas no sistema prisional”, informou.
Os quatro inquéritos que deram origem à operação partiram da DIC de Brusque e estão tramitando no órgão. Com base nos processos, o delegado estima que cerca de 60 pessoas fazem parte da organização criminosa.