Na manhã desta quinta-feira (14), uma mulher foi absolvida após ser acusada de envolvimento em um caso de tentativa de homicídio ocorrido no bairro Águas Claras, em Brusque.
Conforme a denúncia, a filha da ré supostamente mantinha um ponto de tráfico no bairro Águas Claras. No local, uma vítima e seu irmão, usuários de drogas, passaram a vender entorpecentes em troca de abrigo, já que não tinham onde morar. Contudo, com o passar do tempo, os irmãos consumiram mais drogas do que conseguiram vender, gerando uma dívida cujo valor não foi satisfatoriamente comprovado nos autos.
Segundo o relato dos fatos, na noite de 23 de outubro de 2016, a filha da ré teria se dirigido ao Residencial Minha Casa, Minha Vida no bairro Cedrinho, onde encontrou um menor envolvido no caso. Enquanto isso, outros dois acusados aguardavam no apartamento de outra mulher, considerada peça central na organização do plano.
Cerca de 12 minutos após o encontro, os dois acusados deixaram o apartamento utilizando uma moto e foram até outra residência, onde trocaram o veículo por uma segunda moto para dificultar a identificação. Eles retornaram ao residencial, onde se encontraram novamente com o menor, dobraram a placa do veículo para evitar reconhecimento e partiram em direção ao ponto de tráfico, localizado na rua José Debatin, para executar o plano.
No imóvel estavam os dois irmãos que eram alvo do ataque. Por volta das 23h, os acusados e o menor chegaram ao local. Ao perceber a aproximação dos envolvidos, um dos irmãos pediu que o outro se escondesse enquanto ele tentava dialogar para acalmar a situação. Durante a conversa, foi alvo de diversos disparos, sendo atingido por quatro tiros que resultaram em lesões graves e perigo de vida.
Mesmo gravemente ferido, a vítima conseguiu fugir e foi rapidamente encaminhada ao hospital, onde recebeu atendimento médico que evitou sua morte.
Após o ataque, os acusados retornaram ao Residencial Minha Casa, Minha Vida e seguiram para o apartamento de onde haviam saído para executar o crime. Pouco tempo depois, deixaram o local acompanhados de outras duas pessoas mencionadas na denúncia.
No julgamento, os jurados concluíram que não houve comprovação de que a ré contribuiu para a tentativa de homicídio, resultando em sua absolvição.



