A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Brusque, participou do 3º Festival Estudantil de Teatro, promovido pela Fundação Cultural de Brusque, com o espetáculo “Sonhos”, escrito pelo arte educador da entidade, Evailson Inomata, o “Vavá”. A apresentação ocorreu na tarde de sábado, 9 de novembro, no teatro do Centro Empresarial, Social e Cultural de Brusque (CESCB), e contou com a participação de educandos e profissionais da Apae de Brusque.
“Nesta edição quisemos falar sobre sonhos e o quão importante é perseverarmos até realizá-los. Porque muitas pessoas dizem que você não é capaz e não consegue. E isso está ligado ao conceito inclusivo que abordamos diversas vezes, no qual nossos educandos são vistos como alguém que não vai conseguir. E nós cremos que é preciso sempre buscar essa realização. E a peça ‘Sonhos’ fala exatamente disso”, explicou o arte educador, Evailson Inomata, o “Vavá”.
Ele ressalta que a peça retrata essa jornada até os sonhos se realizarem, destacando que ela não é uma aventura solitária. “Ela busca retratar essa perseverança e que nessa caminhada vamos ter incentivadores e apoiadores, que nos fortalecem. Assim como no nosso teatro, que é composto por vários profissionais da Apae, os nossos educandos trazem um pouco da sua ideia da contemplação e o que é realizar um sonho. Eu acredito que temos diversos sonhos ao longo da nossa vida, quando realizamos e repetimos o processo”, afirmou.
Vavá ainda fala que a participação no Festival Estudantil é um sonho, tanto para os educandos como para os colaboradores. “Ver os alunos em um crescimento artístico, falando sobre essa ideia de realizar algo, é muito importante. Dentro da instituição, quando chegamos com essas propostas, como participar de um festival de teatro, é a realização de um sonho deles e nosso”.
Ele completa destacando que além de sonho, a participação também demonstra a inclusão. “Estar em um festival organizado pela Fundação Cultural de Brusque, dividindo o palco com profissionais respeitados do nosso município é a inclusão. Seja onde for, no teatro, em alguma mostra ou em um concurso, nosso objetivo é oportunizar que os educandos mostrem seu talento. Muitos deles possuem habilidades incríveis, que apresentaram no palco hoje e emocionaram o público”, pontuou Vavá.
Por fim, o arte educador agradece a Fundação Cultural pelo convite e parceria. “Esse é o terceiro ano que participamos do festival. Nós temos uma relação muito bacana com a Fundação, que sempre atende às nossas questões, como de deixar os educandos mais próximos do palco e até a questão do tempo. Além disso, é lindo ver o crescimento dos alunos, desenvolvendo habilidades artísticas, se familiarizando com o palco e interagindo com os atores das demais escolas”, finalizou.
Festival inclusivo
A orientadora pedagógica, Sandra Sapelli de Almeida Waldrigues, comenta que para a instituição é uma honra novamente se apresentar no festival.
“Estamos muito felizes, é uma satisfação enorme participar pela 3ª vez. É um momento onde podemos mostrar os diferentes talentos que nossos educandos e colaboradores possuem. A ideia foi trazer essa colaboração e traduzir em formato de peça um pouco do trabalho que realizamos na Apae”, pontuou.
Ela ainda lembrou que os alunos se dedicaram e ensaiaram muito para apresentar a peça. “Nós acompanhamos alguns ensaios e podemos ver eles se emocionando, bem concentrados em fazer tudo certo”.
O educando, André Schmitz, participou de todas as edições do festival. Ele conta que adora as aulas de artes e estava ansioso para subir ao palco e mostrar o mural que desenhou juntamente com o professor Vavá. “Foi muito legal as outras apresentações, gostei muito de participar. Hoje eu não via a hora de subir no palco, quero participar mais vezes com certeza”, finalizou.