Defesa de Ianka Cristini diz que prisão da influencer foi precipitada

A defesa da influenciadora digital catarinense Ianka Cristini enviou nota à imprensa nesta sexta-feira (17). No material, os advogados da influencer lamentaram que ela e seu marido, também influenciador Bruno Martins, e uma assessora do casal tenham sido presos precipitadamente na última terça-feira (14). “Após análise dos autos da investigação, foi possível constatar uma série de incorreções nas premissas adotadas pelos investigadores que respaldaram suas equivocadas conclusões”, diz a nota.

Para os advogados de Ianka, uma simples intimação dos representados para depoimento ou até mesmo uma quebra de sigilo fiscal, bancário e telemático demonstraria que não foram praticados nenhum crime.

A defesa disse que Ianka, que conta com mais de 12 milhões de seguidores nas redes sociais, se limitou a trabalhar como influenciadora digital e realizar publicidades às plataformas de jogos online que estão operando legalmente no Brasil, com autorização do governo federal. “Todos os valores recebidos a título de publicidade foram devidamente declarados à Receita Federal e os impostos estão pagos. Todos os bens pertencentes à Ianka estão devidamente declarados e são titulados por si e por suas empresas”, justificaram.

A defesa finalizou a nota destacando que confia nos órgãos incumbidos da persecução criminal e no Poder Judiciário, bem como disse acreditar que a inocência de Ianka, de seu marido e de sua assessora será reconhecida ainda durante a investigação.

Ianka, Bruno e uma assessora do casal foram presos preventivamente pelo Gaeco, na terça-feira (14). Nesta sexta-feira (17), o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) autorizou a influencer a deixar o Complexo Penitenciário de Canhanduba, em Itajaí, e permanecer em prisão domiciliar.

A Operação “Lance Final” foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), a fim de investigar o esquema criminoso e os prejuízos alcançados pelos investigados por um engenhoso esquema de fraude, que visava a aferição de lucro indevido mediante simulações inverídicas de ganhos exorbitantes através de jogos de azar, em especial o Jogo do Tigrinho.

A operação ocorreu em apoio à 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Brusque, nos municípios de Brusque, Balneário Camboriú, São Paulo/SP, Embu das Artes/SP e João Pessoa/PB.