(VÍDEO) Especialista explica sobre autismo e déficit de atenção

O Conexão 92 desta sexta-feira (31) abordou o aumento expressivo de diagnósticos de Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Brasil e no mundo. De acordo com o Ministério da Saúde, o TEA é um distúrbio caracterizado pela alteração das funções do neurodesenvolvimento do indivíduo, interferindo na capacidade de comunicação, linguagem, interação social e comportamento. “A avaliação neuropsicológica é essencial para identificar as áreas onde a pessoa autista enfrenta maiores desafios, orientando a equipe de tratamento e facilitando o processo de inclusão escolar. Essa avaliação também pode detectar sintomas de outras condições ainda não reconhecidas, como distúrbios do sono, dificuldades de concentração, tiques e pensamentos obsessivos, que são condições que podem receber tratamento farmacológico”, explicou a psicóloga e especialista em neuropsicologia, Angélica Minella, que participou do programa.

Em um artigo seu sobre o tema, ela citou o relatório mais recente do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), divulgado em março de 2023. O documento aponta que uma em cada 36 crianças de 8 anos está no espectro do autismo. “Desde 2004, o CDC utiliza a mesma metodologia para esses estudos. Na primeira edição divulgada em 2004, a prevalência era de uma em 150 crianças. No Brasil, não há estudos de prevalência com a mesma rigorosidade científica do CDC, apenas estimativas baseadas em pequenas amostras que não refletem com fidedignidade a população do país”, informou.

Apesar do aumento de casos, Angélica mencionou no artigo que pouco se fala sobre autismo como uma condição heterogênea, o que dificulta seu reconhecimento, uma vez que os indivíduos no espectro podem apresentar características muito variadas. “É por isso que se usa o termo espectro. Além disso, uma pessoa autista pode ter condições associadas, como deficiência intelectual (DI) e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), que impactam mais significativamente a fase escolar e dificultam o processo de aprendizagem. Já as dificuldades do TEA serão mais observadas no âmbito social, dada a persistência de dificuldades na comunicação, baixa responsividade e interesses restritos.”

O autismo é classificado em três níveis, de acordo com a necessidade de suporte da pessoa. Conforme a psicóloga, uma pessoa autista terá como principais aspectos a dificuldade de socialização e a necessidade de rotina. “Vai pensar no nível um. Vai ter alguém que vai ter necessidade de rotina muito grande, não pode quebrar a rotina. Outras pessoas, por exemplo, vão ter uma fixação por um assunto só, Dinossauros, Harry Potter”, exemplificou.

A pessoa diagnosticada com autismo pode estudar e trabalhar, segundo Angélica. “É nas relações que ele vai ter o maior prejuízo.”

Na avaliação da psicóloga, os professores hoje estão muito mais treinados para perceber quando uma criança apresenta sinais de TEA, tendo em vista as formações que realizam voltadas ao tema.

TDAH

O Ministério da Saúde considera o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) como uma condição do neurodesenvolvimento, caracterizada por uma tríade de sintomas envolvendo desatenção, hiperatividade e impulsividade em um nível exacerbado e disfuncional para a idade. Os sintomas começam na infância, podendo persistir ao longo de toda a vida. “O TDAH vai vir com uma inquietação a ponto de incomodar os colegas, não conseguir fazer as tarefas. As brincadeiras são sempre correr, brincar”, comentou Angélica.

Em termos sintomatológicos, a psicóloga disse que o TDAH se assemelha muito ao estresse. O que diferencia um do outro é a história clínica. “O que aparece lá na infância. Aquela dificuldade em matemática. A criança que o professor chamava a mãe de vez em quando, pegava recuperação”, explicou. “Quando fala do TDAH, a gente fala do predominantemente desatento ou predominantemente hiperativo impulsivo. Ou ele pode ter o combinado, que são os dois. Ser desatento, mas também ser muito agitado. Transtorno do neurodesenvolvimento que estava na infância”, concluiu.

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