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Em janeiro de 2025, a cesta básica da cidade de Brusque custou R$ 647,79, tendo registrado uma queda de 1,56% em relação ao mês anterior. A diminuição em janeiro ocorreu apenas em quatro das 17 capitais onde o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da
Cesta Básica de Alimentos, que, neste caso, foram Porto Alegre (-1,67%), Vitória (1,62%), Campo Grande (-0,79%) e Florianópolis (-0,09%). Nas demais capitais, observou-se um aumento da cesta básica, sendo que as altas mais expressivas ocorreram em: Salvador (6,22%), Belém (4,80%), Fortaleza (3,96%) e Goiânia (3,33%).
Em janeiro de 2025, o trabalhador de Brusque, remunerado pelo salário-mínimo de R$ 1.518,00, se considerarmos o salário-mínimo líquido (R$ 1.404,15), após o desconto de 7,5% da Previdência Social, precisou comprometer 46,13% da remuneração para adquirir os produtos da cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês.
Entre os itens da cesta, os produtos que registraram queda de preço foram: batata (-19,23%), pão (-11,80%), feijão (-5,78%), leite (-4,07%), farinha de trigo (-2,76%), arroz (-2,39%), carne (-1,28%), óleo (-1,06%) e açúcar (-0,22%). Os itens que tiveram aumento foram: tomate (34,60%), café (10,91%), manteiga (1,97%) e banana (1%).
Com base na cesta mais cara, que, em janeiro, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em janeiro de 2025, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 7.156,15, ou 4,71 vezes o mínimo de R$ 1.518,00. Em dezembro de 2024, quando o salário mínimo era de R$ 1.412,00, o valor necessário era de R$ 7.067,68 e correspondeu a 5,01 vezes o piso mínimo. Já em janeiro de 2024, deveria ter ficado em R$ 6.723,41 ou 4,76 vezes o valor vigente.
Cesta x salário-mínimo (Brusque)
O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica em Brusque passou de 102 horas e 32 minutos em dezembro de 2024 para 100 horas e 56 minutos em janeiro de 2025.
Comportamento dos preços dos produtos da cesta
⦁ Em janeiro de 2025, o preço do café em pó subiu em todas as cidades pesquisadas. Os aumentos refletiram a oferta mundial restrita e a especulação do grão nas bolsas. As altas variaram entre 3,20%, em Campo Grande, e 23,00%, em Goiânia. Em 12 meses, todas as 17 capitais também apresentaram taxas positivas, com destaque para Goiânia (91,52%), Belo Horizonte (83,20%) e Aracaju (83,00%).
⦁ O preço do tomate aumentou em 15 das 17 capitais, entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, com taxas expressivas em Salvador (50,47%), Belo Horizonte (50,10%), Brasília (47,27%) e Rio de Janeiro (46,76%). As quedas foram registradas em Vitória (-8,25%) e Porto Alegre (-2,17%). Em 12 meses, o valor do tomate apresentou comportamento de preço diferenciado, com elevação em cinco cidades, as maiores em Fortaleza (39,07%), Natal (24,66%) e João Pessoa (20,41%). Houve redução em outros 12 municípios, destacadamente em Porto Alegre (-49,34%) e Florianópolis (-41,17%). O maior volume de chuvas reduziu a oferta e a qualidade do fruto, o que provocou a elevação de preço.
⦁ O preço do quilo do pão francês subiu em 14 capitais entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, ficou estável em Belém e teve queda em Campo Grande (-1,97%) e Aracaju (-0,17%). As altas mais expressivas ocorreram em João Pessoa (2,64%), Florianópolis (2,36%) e Belo Horizonte (2,04%). Em 12 meses, o valor médio aumentou em 16 cidades, exceto em Aracaju (-1,32%). As elevações mais expressivas são as de Porto Alegre (9,09%) e Campo Grande (7,22%). A menor oferta de trigo nacional e a necessidade maior de importação, nesse cenário de câmbio desvalorizado, encareceram a farinha de panificação, o que explica a alta do preço do pão francês no varejo.
⦁ O preço do quilo da batata diminuiu em nove das 10 cidades do Centro-Sul, onde o tubérculo é pesquisado. As taxas variaram entre -46,85%, em Porto Alegre, e -6,83%, em Goiânia. A alta ocorreu em Belo Horizonte (18,70%). Em 12 meses, o preço médio diminuiu em todas as capitais, com destaque para as variações de Porto Alegre (-65,11%) e Florianópolis (-63,14%). A maior oferta e a alta produtividade das colheitas reduziram os preços no varejo.
⦁ Em janeiro de 2025, o preço do arroz agulhinha diminuiu em 16 das 17 cidades, com variações entre -5,82%, em Brasília, e -0,34%, em São Paulo. Em Vitória, a alta foi de 0,76%. Em 12 meses, 10 cidades tiveram elevação do preço médio. As maiores variações foram registradas em Salvador (6,51%) e São Paulo (5,38%). As reduções mais importantes ocorreram em Porto Alegre (-8,28%) e Brasília (-7,92%). A maior oferta, devido às importações de arroz, e o baixo movimento no mercado de compra e venda são responsáveis pelos valores menores na maior parte das cidades.
⦁ O custo do quilo do feijão diminuiu em 13 das 17 capitais. O valor do tipo carioquinha, pesquisado no Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Belo Horizonte e São Paulo, caiu em oito capitais com taxas que variaram entre -4,16%, em Salvador, e -1,58%, em Goiânia. Quatro capitais tiveram elevação inferior a 0,50%: Natal (0,26%), Aracaju (0,29%), Brasília (0,30%) e São Paulo (0,43%). Em 12 meses, todas as cidades registraram redução, com destaque para Belo Horizonte (-26,88%). O preço do feijão tipo preto, coletado nas capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro, foi menor em todas as cidades e as variações oscilaram entre -4,64%, no Rio de Janeiro, e -0,82%, em Florianópolis. Em 12 meses, o preço médio caiu em todas as cidades, com destaque para Porto Alegre (-14,60%) e Rio de Janeiro (-13,78%). A baixa demanda, devido às férias escolares, e o satisfatório nível de oferta explicam a diminuição no varejo.
⦁ O preço do leite integral baixou em 12 capitais. As reduções oscilaram entre -3,87%, em Curitiba, e -0,16%, em Brasília. Em João Pessoa, o preço não variou. A alta mais importante foi anotada em Fortaleza (0,73%). Em 12 meses, o valor médio do leite acumulou alta em todas as cidades, com taxas entre 7,11%, no Rio de Janeiro, e 22,19%, em Belém. A maior disponibilidade de leite cru, impulsionada pelo avanço da safra nacional, tem aumentado o estoque dos produtos lácteos, como o leite UHT.