No início desta semana, a cantora Lexa comunicou o falecimento de sua filha Sofia, que nasceu no dia 2 de fevereiro deste mês e faleceu três dias depois. A primeira filha da artista nasceu de forma prematura. Lexa teve pré-eclâmpsia precoce, que é o aumento da pressão arterial durante a gestação. Para falar sobre esse assunto, o Conexão 92 recebeu, nesta quinta-feira (13), a enfermeira obstetra e intensivista Bruna Elvira Nunes, que é pós-graduada em aleitamento materno.
Bruna começou falando sobre os trabalhos da doula e da enfermeira obstetra juntos às gestantes. Segundo ela, a doula oferece muito apoio emocional e psicológico, além de técnicas de alívio da dor não farmacológicas. Já a enfermeira obstetra tem um treinamento técnico que lhe permite não apenas oferecer suporte emocional, mas também lidar com aspectos clínicos mais profundos, como a identificação de complicações e intervenções em caso de necessidade. “Se a gestante tem essa oportunidade de ter essas profissionais, eu aconselharia”, destacou.
Com relação à hipertensão gestacional, a enfermeira ressaltou a importância de as gestantes terem um acompanhamento cuidadoso durante o pré-natal. “Se for ter um olhar criterioso em cima dessa mulher, ela consegue ter uma gestação mais tranquila, uma evolução favorável.”
Bruna também comentou sobre o parto humanizado. Em sua avaliação, o parto humanizado, deve ser um atendimento respeitoso e digno, e não algo que a mulher precise pagar para garantir. “Toda mulher tem que ter um parto humanizado”, frisou.
Ela destacou, ainda, que a fisioterapia pélvica pode ajudar bastante as gestantes, pois prepara o corpo da mulher para o momento do parto, e que não existe no mundo um alimento melhor para os bebês do que o leite materno. “Nenhum fabricante conseguiu chegar próximo ao leite materno. É a melhor opção”, afirmou.
Outro ponto fundamental que foi mencionado por ela é o suporte que a mãe e o bebê devem receber da rede de apoio. Quando a família e amigos entendem as demandas do pós-parto, como os desafios da amamentação e as questões psicológicas envolvidas, a enfermeira disse que isso tornará o processo de adaptação muito mais leve.