Com o crescimento acelerado de Brusque, o paisagismo público se tornou essencial para promover um ambiente mais saudável e sustentável para todos. Para falar sobre esse assunto o Rádio Revista Cidade recebeu, nesta quarta-feira (26), o diretor do setor de paisagismo da prefeitura, Norberto João Maestri, o Kito, que atua na pasta há oito anos. “Começamos nesse setor como um auxiliar. Não existia isso em Brusque. Na verdade, tinha todo um trabalho de equipes”, lembrou.
O setor é vinculado à Secretaria Municipal de Obras. “Temos a liberdade de desenvolver um trabalho, de fazer algo diferente quando dá”, disse. “Isso tem tudo um planejamento. Primeiro assim, a gente tentou buscar aquilo que já tinha iniciado há anos. Alguns logradores, alguns espaços e que depois ficou abandonado e a gente está retomando isso sempre aos poucos. Só que como a demanda é muito grande e a gente não consegue fazer isso muito rápido, porque tudo é uma questão de tempo para se fazer as coisas. Hoje a gente está recuperando”, acrescentou.
Kito falou que Brusque conta com 309 pontos, entre canteiros e praças, que merecem atenção por parte do setor. “Isso mensalmente. Quando dá quinzenalmente ou uma vez por semana se faz isso. Então, assim, é um trabalho contínuo. A gente começa às 5h da manhã e vai até uma e meia da tarde (13h30) trabalhando para tentar recuperar isso”, disse.
O diretor contou que há um projeto para revitalizar a Praça dos Imigrantes. “Já está pronto. Ele é muito bonito, arrojado para o espaço e tenho certeza que muito breve esse espaço será totalmente reformulado”, destacou.
Kito também falou, no programa, sobre outras ações que o setor está realizando e sobre os projetos que estão previstos para serem executados, bem como os desafios da pasta.
Vandalismo gera prejuízos
O vandalismo é um dos desafios para a conservação dos espaços públicos em Brusque, segundo Kito.
Na Praça Sesquicentenário, localizada em frente à prefeitura, por exemplo, o diretor assinalou que a situação é alarmante. Dos 16 bancos instalados no local, oito já precisaram ser substituídos devido a atos de depredação. Além disso, lixeiras são frequentemente arrancadas ou destruídas, dificultando a manutenção da limpeza urbana. “A gente coloca (os equipamentos). Eles vêm, quebram, levam. Aí todo mundo reclama, não tem lixeira, não tem banco, mas o vandalismo é muito grande. É bem complicado essa questão”, queixou-se.
As equipes do setor são responsáveis pelo paisagismo e conservação, mas também precisam lidar com consertos frequentes. "A gente não só desenvolve e faz, tem que manter isso. Por exemplo, hoje os parques são para crianças de até 12 anos, mas tem gente de 18, 19, 20 anos que vai para o parque. Então, isso danifica, isso traz problemas. E o pessoal não está nem aí”, lamentou.