O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), alfinetou o governo Lula nas redes sociais nesta semana, criticando o lançamento do plano Pena Justa – iniciativa voltada ao combate à violação dos direitos humanos nos presídios brasileiros e à garantia de tratamento digno aos apenados. Em seu discurso, Mello também destacou informações sobre o sistema prisional catarinense.
Jorginho citou o caso de um ciclista morto a tiros durante um assalto em São Paulo, no mesmo dia em que a proposta foi homologada. “Quando o governo federal transforma criminoso em vítima, ele manda um sinal muito claro para a sociedade. Com certeza, não está a serviço de quem faz o bem”, afirmou.
Política prisional em Santa Catarina
Em contrapartida ao plano federal, Mello ressaltou que o estado abrirá mais de oito mil vagas nos presídios nos próximos anos. “Se tem cadeia lotada, a gente abre mais. Não tem problema, mas não solta preso”, declarou.
Para o governador, os detentos devem trabalhar para ressarcir a sociedade. Dados da Secretaria de Justiça e Reintegração Social do estado apontam que, em 2024, Santa Catarina arrecadou R$ 28 milhões com a mão de obra carcerária, onde os presos recebem um salário mínimo.
Dessa quantia, 25% é destinado ao custeio da estadia no presídio, 50% vai para a família e o restante fica em uma poupança para o detento utilizar ao sair da prisão. “Os presos do nosso estado trabalham, e esse dinheiro a gente reinveste em segurança, em saúde e em educação. Ele não sai só com a roupa do corpo depois de cumprir toda a pena, ele recebe um dinheirinho para quando ele sair, quando ele for liberado, ele recomeçar a sua vida e não voltar ao crime. É desse jeito que Santa Catarina se tornou o estado mais seguro do Brasil”, concluiu.