Com o objetivo de tornar a Páscoa mais especial para as crianças em situação de vulnerabilidade em Brusque, o Projeto Semente promoverá um brechó beneficente neste domingo. O evento será realizado das 6h às 11h30, no Centro Catequético Padre Wendelino, no bairro Dom Joaquim. Roupas de verão e de inverno, infantil e adulto, estarão à venda por R$ 5. O dinheiro arrecadado no evento será destinado para comprar kits de Páscoa para a garotada.
O presidente do Projeto Semente, Paulo Henrique de Souza, e a secretária da entidade, Adriele Girardi, participaram do Conexão 92 desta terça-feira (11). Eles falaram que o projeto nasceu em 2017, a partir de uma experiência pessoal de Souza. Após as mortes de sua parceira, Fernanda Felícia, em um acidente, e de sua avó, Iliria Miqueline, devido a um infarto, ele decidiu homenageá-las promovendo eventos para crianças carentes, tendo em vista que elas dedicaram suas vidas ao cuidado infantil.
Para realizar as ações, Souza falou que o projeto conta com a ajuda de voluntários e de doações da comunidade. Atualmente, a entidade reúne 270 voluntários. “São pessoas, eu imagino sem tempo, pelo que eu conheço, e que se envolvem realmente”, comentou o dirigente.
A entidade recebe doações de alimentos, roupas, cobertores, brinquedos e itens de higiene e de limpeza, exceto móveis. “Qualquer item que tu sentires no coração de doar, manda para o Projeto Semente. A gente faz a coleta. Não precisa nem levar para nós, a gente busca”, mencionou Souza.
Quem quiser ser voluntário ou colaborar com doações, podem entrar em contato com o projeto pelo telefone (47) 99259.6958 ou Instagram - @projeto_sementes. “Entre em contato com a gente que as portas estão abertas”, destacou o presidente.
Uma das comunidades carentes que a entidade atende é o Ribeirão Tavares, no bairro Limeira. “É um lugar de muita fragilidade, que precisa bastante de atenção”, comentou Souza.
Ao longo desses oito anos de trabalho voluntário, os integrantes do projeto se depararam com várias cenas emocionantes. Souza lembrou que uma delas ocorreu no auge da pandemia de Covid-19. Ele disse que, na época, quando chegou em uma comunidade e abriu o porta-malas do carro, algumas crianças se direcionaram aos alimentos e não aos brinquedos e doces, o que refletiu as prioridades delas em um ambiente de carência extrema. “Começaram a pegar arroz, feijão. Aquilo ali me deu um baque”, lembrou, emocionado com essa realidade dolorosa, mas que também mostra que a solidariedade pode ser transformadora.