Uma criança foi atingida por um tiro de borracha em um conflito envolvendo um casal, o proprietário de um imóvel e a Polícia Militar. O fato aconteceu durante a tarde deste domingo (16), no bairro Azambuja, em Brusque.
De acordo com informações apuradas pela Cidade FM, a situação começou no início da tarde, dentro do apartamento onde o casal residia. Após um desentendimento entre os dois, o proprietário do imóvel decidiu expulsá-los. A discussão se agravou, levando a um confronto entre os três envolvidos e a necessidade de intervenção policial.
Durante a abordagem, a polícia usou balas de borracha para conter o tumulto. No entanto, em meio à ação, um menino de sete anos acabou sendo atingido.
Relato
Ivanete de Jesus Santana, mãe da vítima, deu seu relato em entrevista à reportagem. Ela disse que seu filho havia ido ao cabeleireiro por volta das 13h, junto ao pai, para cortar o cabelo. Cerca de 1h30 depois, os dois estavam voltando para casa quando o homem envolvido na confusão esbarrou no menino. “E os policiais atirando. Ele foi atingido por uma bala de borracha”, contou.
O tiro atingiu a região entre o peito e a barriga do menino, deixando uma marca roxa, conforme mostra a foto anexada à matéria. A mãe frisou que o filho possuí Transtorno do Espectro Autista (TEA), o que aumentou sua preocupação.
Ela o levou ao hospital, onde a médica receitou remédios e realizou exames, que não constataram ferimentos internos.
A Cidade FM entrou em contato com o 18º Batalhão de Polícia Militar de Brusque para obter esclarecimentos sobre o ocorrido. Um encontro foi agendado para resposta, que será divulgado posteriormente pela emissora.
Expulsos e sem terem para onde ir
O casal expulso de casa foi abordado pela reportagem da Cidade FM, na manhã desta segunda-feira (17), onde estão alocados no momento, na Praça Elsa da Silva, no Azambuja.
O relato de ambos conta que eles tiveram seus pertences retirados do imóvel e jogados na praça, sem nenhum aviso prévio, mesmo que o aluguel já estivesse pago. “Simplesmente pegaram e tiraram todas as nossas coisas e jogaram na praça, sem consentimento, e despejaram a gente, botaram na rua, já estava pago o aluguel.”
Perguntado se houve briga entre os dois, o homem respondeu que sim, mas que foi um episódio isolado. Agora, sem terem para onde ir, a mulher respondeu que esperarão pelo pagamento no quinto dia útil para acharem um lugar para morar. “Enquanto isso vamos ficar aqui.”
Ela contou que trabalha como cozinheira. Por sua vez, o companheiro teria vendido uma casa e obtém lucro desta forma, enquanto faz acompanhamento no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) para tratamento de alcoolismo e dependência química.