Na tarde desta sexta-feira (21), a reportagem da Cidade FM acompanhou uma visita técnica às obras de macrodrenagem da Avenida Primeiro de Maio. O convite foi feito pelo vice-prefeito e secretário de Infraestrutura Estratégica, Deco Batisti, que reuniu imprensa e entidades para apresentar o andamento dos trabalhos.
Durante a visita, Deco destacou a importância de mostrar à população o que realmente está sendo feito no local.
“É uma obra que parece que não sai do lugar, mas envolve um trabalho intenso, com escavação manual, retirada de barro e colocação dos anéis. Hoje estamos com cerca de 4 metros de profundidade, e queremos mostrar isso de perto para a imprensa e para as entidades, que são nossos canais com a população”, afirmou.
Ele também reforçou que a obra está avançando dentro do novo cronograma e o solo da cidade é um dos principais desafios.
“Na semana passada, a empresa avançou 17 metros além da meta. Pode parecer pouco, mas numa obra em que se faz 1,5 a 2 metros por dia, esse número mostra que estamos no caminho certo. Quanto aos desafios, tem lugar que o solo é podre, em outros é rocha, em outros ainda é arenoso. Isso muda completamente o ritmo da obra e exige muito mais da equipe”, explicou.
Quem também falou sobre o andamento da obra foi um dos engenheiros responsáveis, Diego Martins Siqueira, que comentou o motivo pelo qual o trânsito de veículos pesados foi proibido na região da obra.
"Tá sendo impedido os veículos pesados aqui. Isso que acontece: no processo de montagem dos anéis, se a gente tiver um trânsito pesado, a gente tem vibração no solo. E o que que acontece? Primeiro eu cavo o buraco, e depois eu monto os anéis. Nesse processo de eu cavar e montar os anéis, tem um delay. Se eu tiver vibração, o solo cai. Aí eu tenho que retirar o solo de novo, botar um anel e preencher esse lugar que caiu. Isso começa a gerar trabalho e dificuldade."
Diego ainda destacou que a decisão foi tomada justamente após perceberem os primeiros sinais de risco.
"Tivemos, por isso que a gente pediu pra parar o trânsito de veículos pesados. Porque o solo vibra e começa a cair o material. E o objetivo da gente é cavar sem essa queda de material. Foi preventivo, pra gente não ter um problema maior, uma queda considerável. A gente tava tendo microvibrações. A gente acompanha esse movimento lá embaixo. E aí essas vibrações começaram a acender um alerta. ‘Opa, vamos tomar uma providência ou vamos deixar?’ Obviamente que a gente opta pela segurança. Por isso tomamos essa providência de diminuir os caminhões pesados."