A reunião do Conselho Municipal de Saúde (Comusa) de Brusque, na noite desta quinta (24), aprovou o local de construção da nova Unidade Básica de Saúde do Centro. A ideia era de, anteriormente, ter a estrutura na Rua Daniel Imhof. Porém, agora foi decidido amplamente que o imóvel se erguerá no Loteamento Schaefer.
Sobre o tópico, a bancada da Cidade FM entrevistou o presidente do Conselho, Robson Zunino, no programa Rádio Revista Cidade da manhã desta sexta-feira (25).
O que chamou atenção foi que a sessão ocorreu de portas fechadas ao público. A medida foi tomada devido ao episódio de agressão que uma conselheira sofreu no penúltimo encontro.
De acordo com Zunino, o Conselho “lamenta muito” pelo fato. O presidente destacou que no outro encontro, a presença de servidores públicos e da comunidade atrapalhou a sessão diversas vezes.
“Houve vários momentos em que a linha do respeito com os conselheiros foi cruzada. Nós demos espaços para as pessoas da comunidade se manifestarem através de seus representantes."
Ele contou que tinha a intenção de que a assembleia desta quinta acontecesse de forma aberta ao público, mas após uma conversa com o comandante da Polícia Militar de Brusque, Tenente-coronel Pedro Carlos Machado Junior, a sugestão foi outra, devido à triste conduta anterior de uma pessoa da comunidade.
Mesmo criticando o fato de o Conselho ter sido envolvido tardiamente na escolha do imóvel, os conselheiros aprovaram a proposta da Prefeitura com base na necessidade de melhorar o atendimento à população. “A escolha do imóvel não foi nossa. Cabia a nós avaliar se era viável”, explicou Zunino.
Ele destacou o papel social do Comusa: “Entre travar a construção ou garantir acesso à saúde, escolhemos a população. O atual espaço não atende mais de forma adequada, e o Ministério Público já apontou isso”.
Com a aprovação, o Comusa passará a acompanhar a execução da obra e o uso dos recursos públicos. “Vamos fiscalizar tudo, dos aditivos aos prazos”, garantiu o presidente.
Saída anunciada
Ao fim da entrevista, Zunino anunciou que deixará o cargo de presidente do Comusa ao término do seu mandato. Após oito anos como conselheiro, sendo quatro na presidência, ele acredita que é momento de renovação. “Deixo um Comusa mais estruturado e transparente. É hora de abrir espaço para novas lideranças”, disse. A pretensão de Zunino é de não ficar nem mesmo como conselheiro.
A eleição para o novo colegiado será no fim de 2025, mas até lá, o Comusa segue atuando em temas como prestação de contas, planejamento e atenção primária em bairros, como o Tomaz Coelho.