A vereadora Bete Eccel (PT) trouxe sua opinião ao programa Rádio Revista Cidade quanto à implementação de novas escolas cívico-militares em Brusque. O episódio foi ao ar no YouTube na manhã desta terça-feira (6).
O primeiro ponto destacado por Bete foi a escolha dos colégios, que aconteceu por meio de uma enquete no Instagram do prefeito André Vechi (PL). “Essa consulta aconteceu só nas redes do prefeito. Quem vota ali são os seguidores dele. Isso não representa toda a cidade.” A escolhida foi a escola Ayres Gevaerd, no bairro Volta Grande.
A vereadora também disse que não existem provas de que esse tipo de escola melhora o ensino e lembrou que o modelo foi criado originalmente para áreas com alto índice de violência. “Brusque não tem esse tipo de problema. Então por que adotar esse modelo aqui?” Ela salientou que educadores de escolas cívico-militares já existentes reclamam de um ambiente mais rígido, com pouca abertura para o diálogo entre alunos e profissionais.
Valores
Outro ponto levantado por Eccel foi o custo para manter essas escolas. Segundo ela, o município gasta R$ 222 mil por ano em cada unidade, o que soma mais de R$ 1,1 milhão por ano.
A vereadora também lembrou que o governo federal encerrou o programa das escolas cívico-militares em 2023 e que esse modelo não está previsto na principal lei da educação no país. Por fim, Bete sugeriu que o município abra uma audiência pública para discutir melhor o tema com a população antes de tomar novas decisões.
A Cidade FM aguarda um posicionamento com a secretaria de Educação para esclarecer quaisquer dúvidas.