Em entrevista ao Rádio Revista Cidade, da Cidade FM nesta segunda-feira (12), o vereador Pedro Correia comentou sobre a reunião que aconteceu na última sexta-feira com a direção do Hospital e Maternidade Imigrantes, administrado pelo Instituto Maria Schmitt (IMAS). O encontro contou com a presença de cerca de sete vereadores, e teve como objetivo entender melhor como está funcionando o hospital e esclarecer dúvidas sobre as filas e o atendimento à população.
Segundo o vereador, o convite para a reunião partiu do próprio hospital. Eles apresentaram números, explicaram o que está dando certo, o que precisa melhorar e falaram sobre a grande demanda que o hospital enfrenta hoje. De acordo com os dados repassados, 92% dos atendimentos são feitos pelo SUS, e apenas 10% são moradores de Brusque — o restante vem de outras cidades da região e até de outros pontos do estado.
Um dos principais pontos abordados foi a questão das filas e da aglomeração de pacientes na área externa do hospital, o que tem gerado bastante reclamação. O vereador comentou que existe uma tratativa com o Ministério Público sobre isso e que, segundo o hospital, algumas medidas já foram tomadas para resolver o problema.
Ele também falou sobre a importância de os vereadores visitarem o local para entender a realidade de perto. “Eu mesmo ainda não conhecia o hospital por dentro. Foi uma oportunidade boa pra ouvir, entender e poder falar com mais propriedade sobre o assunto”, disse.
A possibilidade de uma parceria entre a Prefeitura de Brusque e o IMAS também entrou na conversa. O prefeito André Vechi chegou a mencionar essa ideia em entrevista recente, mas, segundo o COMUSA (Conselho Municipal de Saúde), hoje isso não seria viável, já que o hospital não recebe verba do município, e sim do governo estadual, que compra serviços da instituição. Por isso, o COMUSA não tem poder de fiscalização sobre o hospital no momento.
Apesar disso, o vereador acredita que o tema deve ser debatido com a comunidade e que a Câmara pode convidar a direção do hospital para uma nova conversa pública, junto com o COMUSA, para esclarecer tudo com mais transparência. “O importante é garantir que a população tenha atendimento digno, que o profissional possa trabalhar com segurança e que a gente possa oferecer o melhor possível dentro da realidade”, comentou.
Ele ainda reforçou que é a favor da ampliação dos serviços de saúde, desde que tudo seja feito dentro da lei e com qualidade. “A saúde é o maior bem que a gente tem. E se tem fila, é porque tem gente esperando por algo importante”, finalizou.