Uma cachorrinha de 13 anos, Nanã, da raça shih tzu morreu por enforcamento após cair de uma bancada onde estava amarrada pelo pescoço, dentro de um pet shop. O caso ocorreu após o procedimento de banho e tosa, enquanto o animal aguardava a chegada do tutor. O pet shop é localizado no bairro Estreito, em Florianópolis.
De acordo com a investigação conduzida pela Delegacia de Proteção Animal (DPA) do Departamento de Investigação Criminal da Capital (DIC), os funcionários responsáveis deixaram a cadela sozinha no local, desrespeitando o protocolo padrão do estabelecimento, que determina o retorno dos animais aos canis após a secagem.
A Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou dois colaboradores do pet shop pelo crime de maus-tratos qualificado e majorado pela morte do animal. Segundo o relatório, a cadela permaneceu amarrada por aproximadamente três horas, sem acesso à água e sem um ambiente adequado para suas necessidades fisiológicas, o que agravou a negligência.
Durante o depoimento, os investigados alegaram que era “prática comum” deixar a cadela na bancada por ela se agitar e se sujar ao ser colocada no canil. No entanto, o tutor da cachorra refutou essas alegações, e a Polícia concluiu que a conduta dos funcionários gerou risco direto e evitável à integridade física e emocional do animal.
Os dois colaboradores foram responsabilizados criminalmente: a funcionária que amarrou a cadela na bancada e o colaborador que deixou o local, mesmo sendo corresponsável pela guarda dos animais.
Na esfera administrativa, o caso foi encaminhado ao Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa Catarina (CRMV/SC) para análise e possível responsabilização do estabelecimento comercial pelos procedimentos adotados.
A clínica lamentou o ocorrido, disse colaborar com as investigações e abriu apuração interna.



