Cinco ordens judiciais foram cumpridas em Meia Praia, em Itapema, durante operação contra o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro comandada pelo Ministério Público do Paraná, nesta segunda. O casal líder do esquema morava em Itapema, mas não foi localizado durante a operação e está foragido.

A operação Ruína cumpriu 66 mandados de busca e apreensão, 52 mandados de busca pessoal e 16 mandados de prisão temporária no Paraná, Santa Catarina e São Paulo. A Justiça também determinou o sequestro de cinco imóveis avaliados em R$ 8,7 milhões, 12 veículos estimados em R$ 1,372 milhão e o bloqueio de R$ 3,7 milhões em dinheiro.

O líder negociava diretamente a venda das drogas e indicava contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas para o recebimento do dinheiro. A esposa dele também teria papel de importância na organização. O casal ostenta alto padrão de vida em Itapema, sem comprovação de renda compatível.

O Gaeco catarinense fez a apreensão de eletrônicos e documentos, conforme determinação judicial, com o objetivo de obter mais provas para o avanço das investigações, em apoio ao Ministério Público do Paraná. O processo corre em sigilo e, quando os autos forem tornados públicos, novas informações devem ser divulgadas. 

Operação Ruína 

A operação Ruína investiga o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro por um grupo com supostos vínculos com uma facção criminosa que atua em 22 cidades. Os mandados foram cumpridos em Curitiba, Ponta Grossa, Rebouças, Fazenda Rio Grande, Balsa Nova, Cianorte, Piraquara, Pinhais, Pontal do Paraná, Araucária, Campo Magro, Maringá, São José dos Pinhais e Colombo, no Paraná; Itapema, em Santa Catarina; e na capital de São Paulo, São Caetano do Sul, Araçatuba, Sud Mennucci, Itapevi, Glicério e Birigui, em São Paulo.