Na tarde desta sexta-feira (6), a reportagem da Rádio Cidade conversou com os advogados de defesa dos réus envolvidos no julgamento do caso que apura o homicídio de Edinei da Maia. O júri popular ocorre na comarca de Brusque e reúne depoimentos e argumentações das partes envolvidas.
O advogado Alan Marquezzan, que representa o réu Cauê Hans Becker, afirmou que seu cliente relatou ter sido contratado para uma "bolsa", termo cujo significado ainda é alvo de interpretação judicial. "A Polícia Civil deduz que seria o homicídio, mas isso não está claro. Agora apresentamos a versão da defesa e aguardamos a justiça", explicou Martizan.
Além de Alan Marquezzan, os outros dois advogados, Alex Marquezzan e Jamson Costa, que atuam na defesa de Cauê, também foram entrevistados pela reportagem. Segundo eles, a motivação repassada ao cliente foi de natureza emocional. “O que foi contextualizado a ele é que Edinei da Maia era abusivo com a esposa e com a filha. Por isso, ele teria aceitado participar da empreitada, movido por forte emoção, e não por interesse financeiro", destacou Marquezzan.
A estratégia da defesa, conforme os advogados, baseia-se principalmente na negativa de autoria. Em uma hipótese secundária, admitem uma possível participação sob violenta emoção. “Ele é empresário da cidade, atua no ramo de desmanche, é pai de família, réu primário, e não possui qualquer ligação com organização criminosa”, concluiu Marquezzan.
O julgamento segue em andamento no Fórum da comarca de Brusque.