Uma visita muito especial agitou os corredores da Prefeitura de Brusque na manhã desta terça-feira (15). A cadela Zaara, da raça labrador, foi recebida pelo prefeito André Vechi, na ocasião de sua aposentadoria, após nove anos de serviços prestados ao Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC).
Com quase 10 anos de idade, Zaara encerra sua trajetória por atingir o limite etário para cães de trabalho. Seu condutor, o sargento Carlos Alexandre de Souza, antecipou a aposentadoria para preservar a saúde da cadela.
Zaara iniciou sua carreira aos 3 meses, passando por dois anos e meio de treinamento até conquistar sua primeira certificação em 2018. Desde então, participou de importantes operações, como o desastre de Brumadinho, as chuvas em Petrópolis, as enchentes em Pernambuco e as cheias no Rio Grande do Sul, além de eventos em Santa Catarina.
Ela foi a primeira cadela de resgate da 3ª Companhia dos Bombeiros em Brusque e abriu caminho para outros cães da mesma linhagem. Zaara também foi pioneira ao ser o primeiro cão de segurança pública autorizado a viajar em voos comerciais em missão.
Apesar da aposentadoria das operações de busca, Zaara continuará ativa em projetos sociais e na Terapia Assistida por Animais, sempre ao lado do sargento de Souza, com quem vive desde filhote.
A vida de Zaara fora do serviço
Ela seguirá contribuindo em projetos sociais e na Terapia Assistida por Animais, junto ao sargento de Souza. “Na verdade, a aposentadoria que a gente fala é o afastamento da cadela de resgate Zaara das atividades operacionais de busca e resgate que ela veio desempenhando até esse momento. A partir de agora, a Zaara continua prestando serviço para a instituição na parte de cinoterapia”, explicou o sargento de Souza.
Ao contrário do que muitos pensam, Zaara permanecerá sob os cuidados de seu condutor e companheiro de vida. “Desde seus primeiros dias de vida, quando eles vêm e são entregues para iniciar o trabalho de adestramento, eles já iniciam a sua vida morando na família junto com o seu condutor. E terminam dessa mesma maneira, encerrando a sua vida até o seu último suspiro junto com a família do condutor que iniciou e trabalhou durante toda essa trajetória com o cão de resgate”, explicou de Souza.