Na edição desta terça-feira (22) do programa Conexão 92, o tesoureiro do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário (Sintrivest), José Gilson Cardoso, detalhou o início da campanha salarial 2025/2026 da categoria. A largada ocorreu no sábado(19), durante assembleia que reuniu 53 associados.
Com data-base em 1º de setembro, o sindicato reivindica reajuste conforme a inflação acumulada, que deve girar entre 5,5% e 5,7%, além de um aumento real de 5% e a elevação do piso salarial de R$ 2.066 para R$ 2.500.
“Queremos um salário justo, pois a maioria da categoria ainda recebe apenas o piso. E valorizá-lo também impacta positivamente nos prêmios de produção e assiduidade”, afirmou Gilson.
Além dos salários, o sindicato apresentou 51 cláusulas na pauta de reivindicações, com destaque para:
* Auxílio-creche: ampliação para R$ 350, destinado a pai ou mãe trabalhadores;
* Cesta básica: no valor mínimo de R$ 500, podendo ser paga via cartão;
* Reembolso de medicamentos: aumento de R$ 280 para R$ 500;
* Abono salarial: solicitado como forma de compensação em caso de dificuldades no reajuste real;
* Retorno da homologação sindical: proposta para que todas as rescisões sejam assistidas pelo sindicato, garantindo segurança ao trabalhador.
“Infelizmente, 90% das rescisões feitas dentro das empresas têm alguma falha, seja no FGTS, no 13º ou nos dias trabalhados. Queremos corrigir isso com a retomada da assistência sindical”, pontuou.
Gilson também comentou a mudança na presidência do sindicato patronal (Sindivest), que agora é comandado por Patrícia Conti. “Tenho uma expectativa positiva. A empresa que ela representa é séria e acredito que teremos bom diálogo”, avaliou.
Segundo o dirigente, a entrega formal da pauta ao sindicato patronal será feita nesta quarta-feira (23). A expectativa é que a primeira reunião ocorra em até 15 dias.
Ele também citou dados da FIESC que mostram o bom momento do setor. “Só neste ano, nosso segmento gerou mais de 2.180 empregos formais em Santa Catarina, com crescimento de 10,3%. Isso mostra a força do vestuário e a necessidade de reconhecer quem move essa engrenagem: os trabalhadores.”