O adestrador Genival Pinheiro da Silva, mais conhecido como Morcegão, participou do programa Rádio Revista Cidade na manhã desta segunda-feira (18), onde compartilhou sua experiência de mais de 10 anos no trabalho com cães em Brusque. Segundo ele, o serviço é feito diretamente nas residências e tem como foco a correção de comportamentos e a busca por equilíbrio entre animais e tutores. “O meu trabalho é residencial. Eu faço os treinamentos nas próprias residências dos clientes, e tudo varia de cada situação de cada cachorro”, explicou.
De acordo com Morcegão, a maior procura é para o adestramento voltado à obediência, principalmente em situações de fuga de portão, bagunça e agressividade. Ele destacou que a ausência de liderança clara por parte do tutor gera confusão no animal. “Os cães precisam de uma liderança. A liderança não tem nada a ver com bater ou intimidar, mas sim com a movimentação diária e com a criação de uma rotina equilibrada”. Segundo ele, quando o cão entende os limites e comandos, diminui o risco de acidentes ou reações indesejadas.
O adestrador também abordou a polêmica envolvendo raças como o pitbull, muitas vezes estigmatizadas como violentas. Morcegão reforçou que o problema está mais na falta de preparo dos tutores do que na raça em si. “O pitbull é um cão atlético, que precisa gastar energia e ser bem socializado. Se for trabalhado desde cedo, convive normalmente em ambiente familiar”. Ele alertou, porém, que cães de grande porte devem sempre ser conduzidos com responsabilidade, respeitando sua natureza e necessidades.
Outro ponto abordado foi a defesa em caso de ataque. Morcegão orientou que, diante de uma situação de risco, o ideal é manter a calma e criar bloqueios com objetos para desviar a atenção do animal. “O primeiro erro é correr. Eu sempre sugiro criar um bloqueio, como uma mochila, para que o cão morda aquilo e não a pessoa”. Para ele, informação e treinamento adequado são as chaves para evitar acidentes e melhorar a convivência entre humanos e cães.