Numa sessão marcada por tensão e embates acalorados, a base governista da Câmara de Brusque promoveu um verdadeiro massacre político sobre a oposição na noite desta terça-feira (19). Uma a uma, todas as emendas apresentadas pelos vereadores oposicionistas ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) foram derrubadas, garantindo a aprovação da peça orçamentária para 2026 exatamente como enviada pelo Executivo.
Emendas da oposição derrotadas
Entre as propostas rejeitadas estavam as do vereador Felipe Hort (Novo), como a que destinava recursos para obras de infraestrutura e manutenção da Escola José Vieira Corte, no bairro Santa Luzia. O argumento da base governista foi de que não seria razoável concentrar parte significativa do orçamento da educação em apenas uma unidade escolar.
Outra emenda, da vereadora Bete Eccel (PT), defendia a recriação do orçamento participativo, programa implantado na gestão do ex-prefeito Paulo Eccel. A proposta foi alvo de duras críticas de Jean Pirola (União Progressista), que ironizou: se o programa fosse tão eficaz, teria assegurado a continuidade do governo Eccel no poder — o que não ocorreu.
Estratégia de controle
O líder do governo, Paulinho Sestrem (PL), atuou de forma incisiva durante toda a sessão. Alternando-se entre a mesa e a tribuna, orientava a bancada governista a rejeitar sistematicamente cada emenda apresentada pela oposição. O resultado foi categórico: nenhuma proposta contrária ao interesse do Executivo sobreviveu à votação.
Orçamento bilionário aprovado
Com a vitória do governo, a LDO foi aprovada prevendo arrecadações bilionárias para os próximos anos:
* R$ 1.242.653.749,68 em 2026
* R$ 1.277.673.168,48 em 2027
* R$ 1.328.780.095,26 em 2028
Justificativa da base
Ao defender a derrubada das emendas, Jean Pirola reforçou que a peça orçamentária foi elaborada por técnicos do Executivo e que as alterações propostas pela oposição poderiam comprometer a execução planejada pelo governo.