Na manhã desta quinta-feira (28), a Cidade FM conversou com moradores do Residencial Santa Mafalda, localizado na rua Elisabetha Scharf Groh, no bairro Rio Branco, em Brusque. O conjunto habitacional, entregue há menos de um ano, enfrenta sérios problemas após o desabamento de um muro de seis metros de altura por setenta de comprimento, registrado na madrugada de quarta-feira. A Defesa Civil esteve no local e interditou parte do residencial, obrigando famílias a deixarem seus apartamentos por risco de novos deslizamentos.
A moradora Ana Luísa Michel relatou que a construtora ofereceu apenas um apartamento vazio como alternativa, mas sem condições básicas de uso. “O amparo que nós tivemos da construtora, basicamente, foi um apartamento vazio que tem aqui disponível, sem energia, sem fogão, sem geladeira, sem nada que seria útil pra nossa sobrevivência”, contou. Segundo ela, a situação se agrava porque sua cozinha é planejada, o que impossibilita levar os eletrodomésticos para o espaço improvisado. “Eu dormi ali na minha sala morrendo de medo, porque eles prometeram ligar a energia e nem isso foi feito ainda”, disse outra moradora, Keli Bonifácio.
Outro morador, André Cardoso, reforçou que os problemas não surgiram do nada. Segundo ele, sinais de infiltração já haviam sido percebidos semanas antes do desabamento. “A gente observou que toda vez que chovia, não precisava nem ser uma chuva muito forte, devia ter um acúmulo de água ali porque existia um lago. Começava a minar na varanda dos vizinhos e ficava há dias”, explicou. Ele afirmou que, mesmo alertada, a Defesa Civil havia garantido inicialmente que não havia risco iminente. “Graças a Deus não aconteceu uma fatalidade dessa, mas poderia ter acontecido, né? Coisa que a gente já estava cobrando a construtora, coisa que a gente já tinha alertado”, destacou.
A Rádio Cidade foi contatada pela construtora onde a própria explicou em uma nota informando sobre o ocorrido, segue a nota:
Diante do ocorrido, a construtora Schmitz, responsável pela obra, informa que vem prestando todo e qualquer auxílio ao condomínio e está à disposição para oferecer suporte aos condôminos. Ainda, informa que está aguardando a finalização do laudo junto à defesa civil e dos engenheiros para a constatação da real causa da queda do muro e que, independentemente da verificação de sua responsabilidade, arcará integralmente com as despesas de restauração.