A equipe da Cidade FM esteve nesta semana na Rua Luiz Zen, no bairro Limeira, para ouvir as reivindicações dos moradores que, há décadas, aguardam pela pavimentação da via. Buracos, poeira e lama fazem parte da rotina de quem vive no local, onde residem cerca de 200 famílias.

Márcio Antunes, morador há 55 anos, relembra que a comunidade convive com promessas desde a gestão do ex-prefeito Ciro Rosa.
“São muitos prefeitos que já prometeram o asfalto. Esse atual até ajuda, passa a máquina, arruma, mas a lama e a poeira continuam. A gente precisa é do asfalto, que valoriza o terreno e traz qualidade de vida”, disse. Segundo ele, parte dos moradores já manifestou disposição em contribuir financeiramente, por meio do programa de pavimentação comunitária, para viabilizar a obra.

A dona de casa Valdete Soares Antunes reforçou as dificuldades enfrentadas no dia a dia:
“As crianças vão pra escola e é só lama. Quando abre o sol, ninguém consegue abrir a casa por causa da poeira. Tem gente que sofre com problemas respiratórios. A gente já fez abaixo-assinado, já se reuniu com prefeitura, mas até agora nada foi feito”, relatou.

Carlos Henrique Teixeira explicou que a documentação necessária já foi entregue ao município há dois anos. “Coletei os papéis na casa dos moradores, levei pra prefeitura, mas até agora a resposta não veio. Sempre é um trâmite novo, sempre falta alguma coisa”, lamentou.

Procurado pela reportagem, o secretário de Obras, Ivan Bruns, confirmou que a Rua Luiz Zen aderiu ao programa de pavimentação comunitária. Segundo ele, houve a necessidade de ajustar o gabarito da via, já que a lei previa oito metros de largura, mas a rua não alcança essa medida devido a construções antigas.
“Nosso setor de topografia está finalizando o novo levantamento. Esse é o último trâmite antes da emissão dos boletos para os moradores iniciarem o pagamento e, assim, a obra começar”, afirmou.

Enquanto aguardam os ajustes burocráticos, os moradores seguem convivendo com lama, poeira e buracos, na expectativa de que o asfalto finalmente se torne realidade.