O Conexão 92 desta segunda-feira (8), recebeu a psicóloga Adelanta Scuissiatto para uma conversa direta sobre setembro Amarelo, prevenção ao suicídio e os sinais de alerta em saúde mental.
Segundo a convidada, transtornos como ansiedade, pânico e depressão não surgem “de um dia para o outro”: o corpo vai dando sinais ao longo do tempo, muitas vezes começando por insônia e evoluindo para perda de interesse em atividades que antes davam prazer, isolamento social e até descuido com a higiene. “O desafio é buscar equilíbrio entre mente, corpo e espírito: sono de qualidade, alimentação, atividade física e momentos de conexão”, destacou.
Adelanta reforçou que ansiedade é uma resposta natural do organismo, mas vira problema quando passa a impedir a vida cotidiana, por exemplo, crises recorrentes e evitamentos que fogem do razoável. Com crianças e adolescentes, ela orienta presença dos pais, combinados claros e monitoramento responsável do uso de telas e redes sociais, sem punições violentas. “O que os filhos mais precisam hoje é presença, não presente”, disse.
Sobre tratamento, a psicóloga alertou contra a automedicação e o “empréstimo” de remédios como o clonazepam (Rivotril): cada caso exige avaliação profissional. Em Brusque, a rede pública oferece clínicas-escola da UNIFEBE e Uniasselvi, encaminhamento pelas unidades de saúde ao Ambulatório de Saúde Mental (Policlínica) e três CAPS (incluindo o CAPS Infanto juvenil no bairro Maluche, rua Olímpio Pitanga de Sousa, e o CAPS AD na região da Paes Leme, próximo à Mori Saúde). No CAPS Il, o atendimento vai até 18 anos incompletos e, segundo ela, aumentou a procura de crianças neste ano.
Mensagem final: se os sinais aparecerem em você ou em alguém próximo, procure ajuda. “Doido é quem não se cuida. Quando a cabeça não está bem, nada funciona bem, em casa nem no trabalho.”