Existem ruas sem saída, mas e sem entrada? Elas existem? Pois esse é o caso curioso da Rua 400, transversal da Florentino Gilli, no bairro Limeira Baixa, em Brusque. Ao lado do Sesquicentenário, a via deveria ser um acesso, mas se transformou em um terreno tomado pelo mato alto, sem condições de uso e cercado de reclamações dos moradores.
Segundo o síndico do condomínio Sesquicentenário, Sidnei dos Santos, o espaço sempre constou como rua no projeto, mas nunca recebeu a devida manutenção.
“Sempre foi abandonado, nunca foi mexido. Antigamente a prefeitura ainda passava a máquina, deixava no barro, mas já faz mais de dois anos que não fazem nada”, contou.
A situação preocupa as cerca de 336 famílias do condomínio. O matagal já trouxe consequências sérias.
“Já foi encontrada cobra coral dentro de um apartamento. Hoje mesmo uma moradora se deparou com outra cobra. A gente tem muitas crianças que brincam no pátio e isso nos deixa inseguros”, alertou o síndico.
O condomínio afirma ter acionado tanto a gestão passada quanto a atual, inclusive com um mutirão de ligações feitas pelos moradores. Porém, o problema permanece. Desde janeiro há promessas de limpeza, mas nada foi feito.
Além do mato, os moradores reclamam da falta de calçadas e da precariedade do transporte coletivo. Alunos da Escola Professora Augusta Dutra de Souza caminham sem calçada, e trabalhadores enfrentam sol ou chuva, já que os ônibus não atendem o bairro durante grande parte do dia. A comunidade cobra melhorias básicas e afirma se sentir abandonada, apesar de manter seus impostos em dia.