Brusque enfrenta um dos períodos mais críticos nas condições de suas ruas devido às chuvas intensas das últimas semanas. Em entrevista concedida à Rádio Cidade na tarde de segunda-feira (13), o prefeito André Vechi anunciou uma série de medidas emergenciais e estruturais para recuperar a malha viária do município, incluindo uma operação intensiva de tapa-buracos e um grande programa de recapeamento asfáltico previsto para o próximo ano.

Segundo o prefeito, o excesso de chuva tem comprometido fortemente o asfalto da cidade.

“Em setembro foram 19 dias de chuva e apenas 11 de tempo bom. Agora em outubro, até o dia 13, tivemos apenas três dias de sol e dez de chuva. E em dia chuvoso não conseguimos tapar buracos, a água é o maior inimigo do asfalto”, explicou Vechi.

Mesmo com as dificuldades climáticas, a prefeitura mantém cinco equipes trabalhando em três turnos, inclusive à noite, para acelerar os reparos nas ruas mais danificadas. O prefeito afirmou ter liberado R$ 1,5 milhão adicionais para a Secretaria de Obras reforçar o trabalho nas próximas semanas, “sempre que o tempo permitir”.

Entre as áreas mais críticas, Vechi citou ruas dos bairros Águas Claras, Rio Branco, Limeira e Centro, além da Avenida das Comunidades, onde ocorreram acidentes recentes devido a buracos.

“A população tem todo o direito de reclamar. Eu ando pela cidade e sei que a situação está ruim. Mas não é falta de dinheiro, equipe ou estrutura, é falta de tempo bom”, destacou.

Recapeamento e fiscalização de peso

Além da operação emergencial, o prefeito anunciou um investimento de R$ 100 milhões em recapeamento de mais de 100 quilômetros de vias pavimentadas, o que representa 20% de toda a malha viária da cidade. A previsão é de que as obras comecem em 2026, oferecendo uma solução definitiva para diversos trechos.

Outra novidade é a aquisição de balanças fixas e móveis para a fiscalização de caminhões com excesso de carga, uma das principais causas de danos no asfalto.

“Não adianta investir milhões em asfalto novo e permitir que caminhões de 80, 90 toneladas voltem a destruí-lo. Vamos fiscalizar com rigor, porque o custo de reparar estradas danificadas cai no bolso de toda a população”, afirmou o prefeito.

A operação de tapa-buracos seguirá em ritmo acelerado até o fim do ano, sempre que as condições do tempo forem favoráveis.

“A cada dia de sol, vamos trabalhar nos três turnos. E no ano que vem, com o programa de recape, vamos avançar em uma solução definitiva para o problema”, concluiu Vechi.