(VÍDEO) Oncologia dos hospitais de Brusque: Bete Eccel responsabiliza o Estado e prefeito André Vechi
O impasse em torno do início dos atendimentos oncológicos de alta complexidade em Brusque voltou a esquentar o debate público. Um ano após a inauguração do setor no Hospital Azambuja — com presença de governador, secretários, deputados e empresários — nenhum paciente ainda foi atendido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O tema dominou a entrevista concedida pela vereadora Bete Eccel (PT), ao ar na manhã desta quarta-feira (29) no programa Rádio Revista Cidade, da Cidade FM.
Durante a conversa, Bete foi direta ao afirmar que o entrave não está em Brasília, mas sim em Florianópolis e Brusque. A vereadora esteve recentemente no Ministério da Saúde e garantiu que “os dois hospitais estão habilitados” para oferecer o serviço, restando apenas a decisão do Governo do Estado e do município. “A decisão é governo estadual e município que precisam tomar as providências, e quanto mais o governo estadual demorar, a nossa sociedade está perdendo”, afirmou.
A fala de Eccel entra em choque com a versão apresentada na semana anterior pelo secretário estadual de Saúde, Diogo Demarchi, que havia atribuído o atraso à esfera federal. A vereadora rebateu de forma contundente: “Dizer que a culpa é do governo federal não é [verdade], porque eu estive lá e verifiquei que o andamento do processo está tudo ok”. Para ela, o impasse deixou de ser técnico e passou a ser claramente político.
Em tom provocativo, Bete também cobrou maior protagonismo do prefeito de Brusque, André Vechi (PL), alegando que o município poderia pressionar com mais força o Estado. “Vocês não acham que o gestor municipal poderia estar tomando também maiores providências com relação a isso?”, questionou.
A vereadora afirmou ainda que é preciso mobilizar a população e “ligar, cobrar e pressionar” o governo estadual, pois a indefinição faz com que pacientes continuem viajando para Blumenau e outras cidades em busca de tratamento. Para ela, a falta de decisão é “uma irresponsabilidade ou falta de compromisso com as pessoas do município e de toda a região”.
Além da questão da oncologia, a vereadora também rebateu a fala do prefeito André Vechi sobre o suposto “rombo” de R$ 20 milhões na saúde. Disse que o governo federal “não faz pacto verbal” e listou investimentos federais em Brusque, como 28 unidades de saúde custeadas e 18 médicos do programa Mais Médicos.
No encerramento da entrevista, Eccel foi categórica: o problema está claro e os responsáveis são conhecidos. “Os dois hospitais estão habilitados. Governador do Estado, tome providência!”, disparou.



