O trânsito voltou ao centro do debate em Brusque. As alterações na Avenida Hugo Schlosser e na rotatória que conecta a região ao acesso à Avenida Bepe Rosa geraram dúvidas e críticas de parte dos motoristas. Para esclarecer o que mudou e por quê, o secretário de Trânsito e Mobilidade, Emerson Andrade, concedeu entrevista ao Rádio Revista Cidade, na manhã desta quinta-feira (30), destacando que o pacote de medidas foi planejado e tem como foco segurança viária e fluidez.
Segundo Andrade, a principal lógica técnica foi eliminar cruzamentos em “X” — pontos que costumam gerar engarrafamentos e acidentes — e induzir o uso do novo eixo da Beira-Rio (lote 1). Para isso, quem sai da Hugo Schlosser e deseja acessar a Beira-Rio deve fazer o trajeto pela Rua Bartolomeu Pruner e, na sequência, pela Rua 25 de Agosto, onde a preferência viária foi ajustada para oferecer conversões sempre à direita e reduzir paradas. “Todo o planejamento foi pautado na segurança; com ela, às vezes o caminho fica um pouco maior, mas o risco diminui”, resumiu.
O secretário reconheceu o desconforto inicial e pediu tempo para avaliação técnica. De acordo com ele, é preciso um horizonte de cerca de 30 dias para medir o comportamento real do fluxo, porque a primeira semana teve atipicidades (feriado, dias de chuva, período sem aulas e até “tráfego de curiosos” testando as rotas). “Nada é definitivo em trânsito. Planejamos, executamos e monitoramos para ajustar. É um sistema dinâmico”, afirmou.
Entre as correções de percurso já em andamento, Andrade citou a proibição de retornos improvisados nas imediações da Apae (com placa de regulamentação instalada e estudo para alongar canteiros), além de medidas para impedir conversões à esquerda na saída da Rua Azambuja (supermercado Archer), usando barreiras físicas. Sobre o entorno do Colégio Cultura, reforçou que a mão única e a vedação de descida visam evitar caos em frente às unidades de ensino durante embarque e desembarque.
A respeito da infraestrutura viária, o secretário reconheceu a baixa qualidade do calçamento em trechos da Bartolomeu Pruner — hoje requisitada como rota de escoamento — e disse que o tema está no radar de obras. Ele também projetou que, com a liberação do lote 2 no primeiro semestre do próximo ano, parte do tráfego pesado que hoje pressiona a região tende a migrar para o novo traçado, aliviando os nós atuais.
Na parte final da entrevista, Andrade tratou da cobertura do Terminal Urbano: enquanto avança a licitação de reforma ampla (estimada em cerca de R$ 2 milhões), a prefeitura executa um paliativo com telhas compatíveis reaproveitadas para conter goteiras e riscos — intervenção estimada em aproximadamente R$ 28 mil. “Não é a solução ideal, mas é o que garante segurança agora enquanto o processo maior anda”, disse. Ele encerrou pedindo colaboração dos condutores: respeitar a sinalização nova, evitar manobras proibidas e adotar as rotas indicadas para que o sistema funcione como planejado.




