A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou nesta sexta-feira (31) que continuará em vigor, durante o mês de novembro, a bandeira tarifária vermelha patamar 1. A decisão implica um acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos — o mesmo valor já cobrado em outubro.
De acordo com a agência, a medida é necessária diante do cenário de estiagem prolongada e da queda no nível dos reservatórios. “Dessa forma, para garantir o fornecimento de energia é necessário acionar usinas termelétricas, que têm custo mais elevado”, explicou a Aneel em nota.
Entenda o sistema de bandeiras
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado para indicar, de maneira simples, as condições de geração de energia no país. Quando há chuvas em volume suficiente, as hidrelétricas funcionam plenamente e a conta de luz não sofre acréscimos. No entanto, quando o regime hídrico é desfavorável, é preciso acionar termelétricas — que possuem custos de operação mais altos.
Para cobrir essa diferença, são aplicadas bandeiras coloridas que representam diferentes patamares de custo:
- Bandeira verde – condições favoráveis de geração, sem cobrança extra;
- Bandeira amarela – condições menos favoráveis, acréscimo de R$ 18,85 por MWh (ou R$ 1,88 por 100 kWh);
- Bandeira vermelha patamar 1 – condições desfavoráveis, cobrança de R$ 44,63 por MWh (ou R$ 4,46 por 100 kWh);
- Bandeira vermelha patamar 2 – condições muito desfavoráveis, custo de R$ 78,77 por MWh (ou R$ 7,87 por 100 kWh).
Segundo a Aneel, o acionamento das bandeiras permite transparência ao consumidor e reflete diretamente o custo real da geração de energia no país.




